A Confederação das Associações das Escolas Superiores de Educação denunciou, esta sexta-feira, 06 de setembro de 2024, desvio de dinheiro nas unidades de Ensino Superior de Educação, sendo catorze milhões de francos CFA da Unidade Tchico Té.
A denúncia foi tornada pública pelo presidente da federação, Augustino Fenda, em conferência de imprensa que tinha sido convocada para falar da atual situação das unidades escolares de formação de professores que compõem a ESE (Escola Superior de Educação).
No encontro com a imprensa, o responsável da Confederação abordou, entre outros pontos, o desvio de dinheiro, a exigência de apresentação das monografias, nomeação de diretores e subdiretores nas unidades da ESE, o pagamento de multas cobradas aos estudantes, a retenção das fichas de avaliação e a questão de falta de acesso à internet nas unidades escolares.
No que concerne ao desvio de fundos, Augustino Fenda exortou o Tribunal de Contas da Guiné-Bissau a fazer auditorias em todas nas unidades da Escola Superior de Educação e apelou ao Ministério Público a concluir o processo de desvio de fundos que foi investigado pela PJ e que foi remetido a este órgão, mas que até ao momento não têm nenhuma informação sobre o caso, para que os autores sejam conhecidos e responsabilizados pelos seus atos.
Segundo Fenda, é a quarta vez que se registam desvio de dinheiro nas unidades da Escola Superior de Educação.
No capítulo de nomeações, a Federação exigiu a transparência na nomeação de diretores e subeditores, com formação na área com base nos estatutos da ESE, tendo alertado que no próximo ano letivo não vão permitir que as nomeações sejam feitas com base na afinidade partidária.
“Não vamos permitir que no próximo ano letivo as nomeações de diretores que não tenham formação na área de educação”, insistiu.
Em relação a retenção das fichas por parte dos professores contratados, Fenda defendeu que é urgente o governo acionar mecanismos no sentido de pagar aos professores para que possam desbloquear as fichas de avaliação dos estudantes.
Neste sentido, apelou ao Presidente da República a intervir rapidamente para resolver os problemas de pagamento aos professores, alertando que, caso o governo não agilize rapidamente em cumprir as suas exigências com base na legalidade, farão uma vigília em frente ao Ministério da Educação Nacional e à Presidência da República para fazer valer os seus direitos.
Por: Carolina Djemé
Fotos: CD