O Governo, em parceria com o Programa Alimentar Mundial (PAM), lançou esta quinta-feira, 12 de setembro de 2014, no setor de Mansoa, região de Oio, a transferência monetária para grávidas e pessoas com o VIH/SIDA e tuberculose.
A atividade faz parte do projeto de prevenção da desnutrição de mulheres, crianças e pessoas com VIH/SIDA e Tuberculose na Guiné-Bissau.
O objetivo da iniciativa visa oferecer apoio financeiro às grávidas para que possam realizar o pré-natal e as lactantes, bem como consultas pós-natal e o seguimento das crianças até aos seis meses de idade e pessoas com o VIH-SIDA para que possam suprir as suas necessidades nutricionais e proteger a sua saúde no período de maior carência alimentar no país.
Presidindo o ato de lançamento, o Ministro da Saúde Pública, Pedro Tipote, afirmou que a desnutrição continua a ser um dos principais fatores que agravam as manifestações e infecções de VIH/SIDA.
O titular da pasta da saúde frisou na sua comunicação que a vulnerabilidade e a insegurança alimentar influenciam bastante a falta de adesão ao tratamento, com consequências negativas. Alertou que as mulheres com VIH são discriminadas nas próprias famílias, nas comunidades e na sociedade em geral.
Pedro Tipote frisou que o ato de lançamento de transferência monetária para as pessoas com o VIH/Sida constitui um marco histórico que testemunha a determinação do governo em criar condições básicas para garantir a saúde para a população guineense.
“A situação de VIH/SIDA as mulheres grávidas, que constituem a camada mais vulnerável na sociedade guineense é preocupante, porque segundo um inquérito realizado em 2018 e 2019 a taxa de mortalidade materna é de 900 mortes para cada cem mil nascidos vivos”, indicou.
Defendeu que o governo está ciente das suas responsabilidades e que fará todo o possível para fortalecer a cooperação com os parceiros, facilitando o diálogo sério com atores que intervêm no domínio da saúde para criarem políticas duradouras para suprir as diversas formas de desnutrição que afetam a população, sobretudo a classe mais vulnerável.
Por sua vez, o representante residente do Programa Alimentar Mundial (PAM), Claude Kakule, realçou a importância do evento não só para o programa alimentar mundial, mas também para a comunidade, porque” constitui um apoio de transporte das mulheres grávidas para os centros de saúde para que possam ter um acompanhamento médico eficaz e seguir suas consultas pré-Natal e pós o parto”.
Claude Kakule alertou, por isso, que não é aceitável uma grávida ou uma mulher que está a amamentar não tenha acesso à educação e às mudanças de hábito alimentar .
Kakule realçou a importância da alimentação ou nutrição não só para o desenvolvimento da comunidade, mas também para todo o país.
Por: Carolina Djeme
Fotos CD