Centenário de Cabral: PRESIDENTE SISSOCO DIZ QUE RECORDAR CABRAL É INVOCAR A MAIS IMPORTANTE FIGURA POLÍTICA GUINEENSE

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, afirmou esta quinta-feira, 12 de setembro de 2024, que recordar Amílcar Lopes Cabral, significa invocar a mais importante figura da história política da Guiné-Bissau.

“Um homem que a primeira Assembleia Nacional Popular, reunida em colinas de Boé a 24 de setembro de 1973, atribuiu o título de fundador da nacionalidade guineense”, reforçou.

Umaro Sissoco Embaló falava na cerimónia de celebração do centenário de nascimento do Amílcar Lopes Cabral, sob o lema: lembrar o passado com orgulho e olhar o futuro com confiança.

O ato central decorreu nas instalações do Estado Maior General das Forças Armadas, Amura, em Bissau, na presença de membros do governo, corpo diplomático acreditado no país, entre outras personalidades.

No seu discurso, o Presidente Sissoco lembrou que Amílcar Cabral tinha 36 anos de idade em 1960, quando decidiu interromper a sua carreira profissional para se entregar inteiramente à luta de libertação nacional para a independência da Guiné e Cabo Verde e essa decisão de deixar a sua profissão de engenheiro agrónomo levou o seu antigo professor a comentar que agronomia ficaria mais pobre, mas o mundo tornou-se mais rico.

Umaro Sissoco Embaló sublinhou que, poucos dias antes da sua morte, Amílcar Cabral tinha anunciado na sua mensagem de ano novo, em janeiro de 1973, a transformação política mais importante da história do país que era a proclamação da existência do Estado da Guiné-Bissau, a criação de um executivo para aquele Estado e a promulgação de uma lei fundamental, a Constituição da República que seria a base da existência ativa da nação africana, a Guiné-Bissau.

“A conquista da independência pelos povos da Guiné e Cabo Verde ficará para sempre associada ao seu nome. O objetivo de Amílcar Cabral era que a Guiné-Bissau fosse um país desenvolvido, razão pela qual estamos a mudar a estética do país, porque  não é possível continuarmos sem ter a nação guineense, volvidos 50 anos”, afirmou.

Para o chefe de Estado, a maior tragédia da Guiné-Bissau foi quando os filhos da mesma nação se assassinaram uns aos outros, por isso ele [Umaro Sissoco Embaló], sendo um homem culto e urbano, nunca pensaria na violência como um recurso para resolver as diferenças.

“Vamos completar 51 anos de independência, mas nunca pensei que a Guiné-Bissau fosse ter níveis de políticos rurais que tem hoje, por isso quero alertar a nova geração para assumir a sua responsabilidade para o bem-estar da nação guineense”, sublinhou.

Por seu lado, o ministro dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Aly Hizaji,  lembrou que o arquiteto das independências da Guiné e Cabo Verde foi considerado como segundo maior líder mundial de todos os tempos, numa lista elaborada pelos historiadores da BBC, transformando o fundador da nacionalidade guineense  num intelectual incontestável  e no património da humanidade.

De salientar que durante a celebração do centenário, o chefe de Estado condecorou o embaixador da Guiné-Conacri com medalha Amílcar Cabral como forma de homenagear aquele país vizinho pelo papel desempenhado na luta de libertação nacional, como também batizou uma rua, em Bissau, com o nome de Hamed Secou Toure, antigo Presidente deste país vizinho.

A rua agora com o nome de Hamed Secou Toure é a estrada que  liga a rotunda da Segunda Esquadra à Granja de Pessubé, Avenida Dom Settimio Arturo Ferrazzetta.

Por: Aguinaldo Ampa

Author: O DEMOCRATA

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