Crónica do Centenário: Combater colonialismo é estar ao serviço da paz!

O colonialismo, o fascismo, o capitalismo e o imperialismo são sistemas de violência permanente. Quem decide combater um desses sistemas, está ao serviço da paz e de um mundo melhor. Falar em paz e ao mesmo tempo servir os sistemas supracitados, é uma contradição, uma loucura.

Ciente dessa realidade, Cabral escolheu o combate anti-colonial, fascista e imperialista como um imperativo ao serviço da humanidade. 

A dominação selvagem do homem pelo homem nunca foi uma fatalidade. É, sim, uma construção humana  em diferentes períodos históricos. A abolição desses vícios enraizados nas mentes só é possível pela via da luta de mulheres e homens conscientes e comprometidos com valores da paz, harmonia e prosperidade coletiva.

Num mundo sequestrado pela loucura de dominar, explorar, humilhar o outro, é um mundo doente e a palavra paz não passa de uma mera sombra

A paz na miséria coletiva, a paz no colonialismo, no fascismo, no imperialismo, é pura ilusão. 

Tal como no século passado, os motivos para combater o colonialismo, fascismo e imperialismo, permanecem válidos. Os sistemas dominantes são os mesmos. A democracia de premissa ocidental não passa de um cartaz publicitário determinado pelas estruturas capitalistas e imperialistas.

Falar de paz num mundo com cerca 1 bilhão de seres humanos a dormir sem pão? Num mundo em que a riqueza do planeta está concentrada nas mãos de um grupinho de indivíduos?

Falar de paz num mundo em que a questão da desigualdade humana é ausente das agendas de grandes fóruns internacionais? 

Falar de paz num mundo em que o valor da vida  varia em função da sociedade, do país, da classe social?

Falar de paz num mundo em que invadir, atacar, sabotar, espionar, financiar a violência, cultivar o ódio, são “verbos/vícios” legitimados pela burguesia dominante e dirigente do mundo?

Um mundo de paz? É possível, mas com a eliminação das estruturas de exploração permanente que ainda definem agenda da governação mundial.

Um  mundo melhor é possível, mas primeiro tem que se trocar o mito do impossível deste mundo!

Bissau, 21 de setembro de 2024

Por:  Armando Lona

Author: O DEMOCRATA

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