O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse que a plena reafirmação do Estado guineense no “concerto das Nações” é, sem dúvida, o facto histórico mais notável das últimas décadas, acrescentando que é este o contexto que continuará a marcar as celebrações do dia de aniversário da independência, anunciando que a celebração da festa de independência vai ter lugar no próximo dia 16 de Novembro.
“A independência nacional não é apenas uma conquista do passado. É um património
inesgotável de todos os guineenses. De homens e mulheres que, ontem, combateram e venceram a dominação estrangeira”, assegurou o chefe de Estado guineense, durante a sua mensagem à Nação para a celebração do 51º aniversário do país.
A Guiné-Bissau proclamou a sua independência a 24 de setembro de 1973, durante uma sessão parlamentar nas matas de Colinas de Boé, na voz do General – Presidente João Bernardo Vieira.
Embaló disse ainda na sua mensagem que a independência nacional hoje celebrada é um legado que se transmite à juventude guineense – “a portadora do futuro que nós queremos ter”.
Eis na íntegra o discurso do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló:
Povo guineense,
Há Cinquenta e um anos – do dia 24 de Setembro de 1973 – a Assembleia Nacional Popular, proclamava, pela voz do Comandante João Bernardo Vieira, ‘Nino’, o Estado independente da Guiné-Bissau.
Hoje é o dia em que expressamos, com mais convicção, o nosso orgulho nacional de ser
guineense. O orgulho de um povo unido, coeso, determinado a construir um futuro de paz, de solidariedade, de progresso social, e de bem-estar a que tem direito cada cidadão guineense.
Resultado de uma vitoriosa Luta de Libertação Nacional, a conquista da Independência Nacional pelo Povo guineense, ficou associada, para sempre, aos Combatentes da Liberdade da Pátria. Foram esses homens, mulheres e jovens que, corajosamente, consentiram tudo – muitas vezes com o sacrifício da própria vida, para a libertação nacional e independência da Guiné-Bissau, nossa Pátria.
Aos Combatentes da Liberdade da Pátria, e a Amílcar Cabral, cujo Centenário de Nascimento celebramos recentemente, reitero, em nome do povo guineense, o nosso respeito, a nossa mais sincera gratidão.
Guineenses, Nha Ermons
A plena reafirmação do Estado guineense no “concerto das Nações” é, sem dúvida, o facto histórico mais notável das últimas décadas. É este o contexto que continuará a marcar as celebrações do Dia de Aniversário da nossa Independência, cujo ato central vai ter lugar no próximo dia 16 de Novembro.
A independência nacional não é apenas uma conquista do passado. É um património
inesgotável de todos os guineenses. De homens e mulheres que, ontem, combateram e venceram a dominação estrangeira.
É património também de homens e mulheres, de hoje. Dos guineenses que, em todos os setores da nossa vida: Na Administração do Estado e na vida económica; Nas Forças de Defesa, Segurança e na Diplomacia; Na Educação e na Saúde; Na Cultura, no Desporto, nas Artes, vão dando o máximo de si próprios pelo progresso económico e social, e pela dignidade do povo guineense.
Também eles são combatentes pela nossa Independência. São combatentes pela nossa Liberdade. São combatentes pela consolidação da nossa Soberania Nacional.
Enfim, a independência nacional que hoje começamos a celebrar é um legado que se transmite à juventude guineense – a portadora do futuro que nós queremos ter.
É um futuro desafiante que a Juventude Guineense – a “Geração do Concreto” – tem de assumir. Que exige a consolidação do Estado de Direito Democrático na Guiné-Bissau, e a concretização dos mais altos desígnios de Desenvolvimento Sustentável tal como foram articulados pela Agenda 2030 das Nações Unidas e pela Agenda 2063 da União Africana.
Caros Compatriotas,
Aproveito esta ocasião para expressar o nosso reconhecimento aos Representantes do Corpo Diplomático acreditados no nosso país, pela colaboração dos seus respetivos países com o Estado da Guiné-Bissau.
Estendo os nossos agradecimentos às Organizações Internacionais, nossas parceiras no processo de desenvolvimento que, com o seu apoio, estamos empenhados em implementar.
Para terminar esta minha mensagem, é com muito prazer que dirijo uma saudação muito especial a todos os guineenses que, vivendo e trabalhando no estrangeiro, integram a nossa diáspora.
A contribuição dos guineenses que vivem no estrangeiro, para a melhoria das condições de vida dos seus próprios familiares na Guiné-Bissau, é um facto social relevante, que é reconhecido por todos.
É assim que a diáspora guineense também tem contribuído para reforçar a coesão social do povo guineense, a nossa unidade nacional. São nossos irmãos que, estando lá fora, na verdade, eles também estão cá dentro, como um só povo e uma só nação.
Hoje é um dia de alegria, um dia de Unidade Nacional, de Reconciliação entre guineenses de todas as etnias, de todas as religiões, de todas as condições sociais.
Façamos deste Dia de Aniversário da nossa Independência Nacional, um dia de festa, de reflexão e de comunhão.
Viva a Guiné-Bissau.
Por: redação