Caso seis bilhões de francos CFA : LÍDER DO PAIGC REVELA QUE GRANDE PARTE DESTE DINHEIRO FOI PARA O CONSELHEIRO DO PR SISSOCO 

O presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) e igualmente líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, revelou esta terça-feira, 01 de outubro de 2024, que a questão das seis bilhões de francos CFA que foi transformada na “grande bandeira” contra a sua pessoa e o governo da Coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI – Terra Ranka), três bilhões daquele valor foi para um Conselheiro do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, sem, no entanto, avançar com o nome.

“Outra soma de 1,2 bilhões de fcfa para um empresário e que foi desse montante que o empresário fez o pagamento dos valores que o presidente da República anunciou em como tinha dado 400 milhões a um partido, 300 milhões a outro partido”, contou o político durante uma conferência realizada na sua residência em Bissau para falar sobre vários assuntos que se relacionam com o quotidiano da política nacional, bem como as acusações contra a sua pessoa.

Na sua comunicação, alertou a opinião pública nacional e internacional para não perderem o foco sobre os assuntos essenciais como a aeronave apreendida com droga no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, que no seu entendimento, simboliza a falência do Estado guineense. 

Sobre a conferência de imprensa realizada na semana passada por Bacari Biai, Procurador-Geral da República, disse que Biai falhou por não assegurar ao povo guineense que estava fazer aquela declaração de forma livre sem qualquer tipo de encomenda e coacção, porque pareceu mesmo ser uma encomenda, desde logo houve a intenção de lhe ameaçar para ter medo e evitar regressar ao país.

O líder do hemiciclo guineense, informou que quando chegou ao país, houve ameaças em como possa ser objeto de represálias e finalmente o que fica subjacente é que a partir de várias situações que se vão procurando, pode constituir um processo que eventualmente poderá dar lugar a determinados impedimentos políticos e dentro desse quadro, assuntos foram particularmente empolgados sobretudo com a questão de resgate.

“Em relação ao resgate, muitas inverdades foram ditas. Num primeiro momento, o Procurador-Geral da República, considera que terei sido mencionado como testemunha e estranhou o facto de não haver um processo contra mim e vai daí que o processo principal é arquivado, mas surge outro processo no qual aparece como suspeito. No segundo momento é que teria sido eu a dar ordens e instruções ao ministro da economia e finanças e isso configura um crime. Terceiro momento, mencionou vários cheques que saíram do tesouro público, deixando no ar ao mencionar a corrupção que teria beneficiado desse movimento de cheques e estranhou dos empresários privados terem sido objecto de resgate e continuarem com suas dívidas pendentes nos bancos”, sublinhou. 

Domingos Simões Pereira, disse que o governo que liderava nunca pretendeu substituir os privados na dívida que contraíram com os bancos e a operação feita pelo executivo visou dotar os privados de uma alguma almofada financeira para poderem continuar a sua operação e dilatar os prazos de pagamento. Adiantou ainda que em relação ao movimento dos cheques, se os cheques são do tesouro público a sua dificuldade é compreender como que o Procurador-Geral da República consegue diferenciar que cheques fazem referência ao montante e que outros cheques pertencem a outra despesa.

“O mais importante para mim neste assunto é se assinei algum destes cheques, se fui beneficiário ou se dentro dos assinantes e beneficiários alguém me mencionou em como recebi algum montante resultante dessa operação. Falou também de somas avultadas em relação ao pagamento do advogado que tratou o assunto. Se o tesouro público foi prejudicado com base nessa operação, gostava de saber o que fazer para poder corrigir essa situação. Seria bom confirmar se o tal advogado mencionado em algum momento, fez alguma referência em como teria passado parte desse montante ao Simões Pereira.

Domingos Simões Pereira lembrou que em vários momentos,o antigo chefe de estado, José Mário Vaz, pediu-lhe a título privado e publicamente que houvesse alguma operação no sentido de aliviar a dívida do setor privado e depois da realização da mesa redonda em março de 2015, assinou uma autorização no dia 01 de julho do mesmo ano, autorizando o ministro das finanças, Geraldo Martins a abrir a negociação com a banca para o alívio da dívida do setor privado e no dia 12 de agosto, foi exonerado das suas funções e o processo de resgate foi consumado em novembro o que é que Simões Pereira tem a ver com o processo se não é uma encomenda e tentativa de lhe associar com o caso.

Por: Aguinaldo Ampa

Author: O DEMOCRATA

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