ÁLCOOL E DROGAS APONTADOS COMO PRINCIPAIS CAUSAS DE AUMENTO DE NÚMERO CASOS DE SAÚDE MENTAL NO PAÍS

A diretora-geral do Centro de Saúde Mental, Finhamba Quessangue, revelou esta quinta-feira, 10 de outubro de 2024, que o consumo excessivo de álcool e drogas é a principal causa de aumento do número de casos de doentes mentais no país, com incidência nos jovens e nas meninas, com problemas de toxicodependência.

A informação foi avançada pela responsável do Centro Saúde Mental em entrevista aos jornalistas, à margem da celebração do Dia Mundial da Saúde Mental, que se celebra hoje em todo o mundo.

Defendeu que é preciso a tomada de medidas urgentes para atenuar aquela situação, adiantando que para dar respostas ao consumo de álcool e drogas, o centro não só faz tratamento dos doentes, como também tem trabalhado na componente de sensibilização sobre as consequências do consumo excessivo de álcool e de drogas na sociedade em geral.

Finhamba Quessangue assegurou que não basta apenas o Estado abrir um centro de saúde mental, mas é preciso fazê-lo funcionar na sua plenitude, começando na capacitação dos técnicos para que possam dar respostas aos desafios da atualidade, garantir medicamentos essenciais para evitar que pacientes recomendarem a compra de medicamentos no estrangeiro e a acessibilidade da estrada para o centro, permitindo aos doentes chegarem sem problema.

“O Centro tem a capacidade para 36 camas de internamento, mas desde 2006 nunca internamos nenhum doente, devido à falta de celas para separar pacientes agressivos e não agressivos, cozinha, refeitório, alimentação e área de lazer para que os doentes possam descansar. O Governo apenas paga os salários aos funcionários efetivos do centro. Os salários de dez técnicos contratados, do pessoal de limpeza e seguranças foram assumidos internamente. É preciso o apoio do governo para resolver vários problemas que o centro está a enfrentar há muitos anos”, defendeu.

Por seu lado, o diretor-geral de Prevenção e Promoção de Saúde, Armando Sifna, disse que os problemas mentais na Guiné-Bissau continuam a merecer grande atenção do ministério da Saúde Pública, o que torna fundamental o engajamento e a colaboração de todos para combater o estigma e a discriminação social em relação aos utentes que padecem de problemas mentais e a sensibilização da população a nível geral sobre agendas críticas da saúde mental, através da colaboração com vários parceiros para tomar medidas de mudanças duradouras para garantir o bem-estar social da população.

Para a representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (ONUDC) na Guiné-Bissau, Ana Cristina Andrade, o tema deste ano que tem a ver com a ação no local de trabalcom. Significa que é preciso criar um ambiente saudável no contexto do trabalho para que haja saúde mental, motivando uns aos outros no local de serviço, evitando que as pessoas cheguem ao nível de perturbação ao ponto de sereminternadas.

Por: Aguinaldo Ampa

Author: O DEMOCRATA

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