PR Sissoco Embaló: “A FOME E A POBREZA NUNCA FORAM AMIGAS DA PAZ SEGURANÇA E ESTABILIDADE POLÍTICA”

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, advertiu esta quarta-feira, 16 de outubro de 2024, que a persistência da fome e da pobreza nunca foram amigas da paz, da segurança e da estabilidade política.

Disse ficar satisfeito em ver algumas realizações no país que “são muito encorajadores”, entre as quais a Fábrica de Produção Avícola, o Mercado de Frutas e Legumes, a Unidade de Transformação de Produtos Agrícolas, sendo “o caminho certo a percorrer”.

O chefe de Estado falava na cerimónia de celebração do Dia Mundial de Alimentação, organizado pelo Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural, em colaboração com aOrganização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), sob o lema: direito aos alimentos por uma vida e por um futuro melhor.

As celebrações do Dia Mundial de Alimentação tiveram lugar na Granja de Pessubé em Bissau. No seu discurso, Sissoco Embaló convidou todos os guineenses a mobilizarem os esforços para combater a fome e a erradicarem a  pobreza nos termos da agenda 20-30 das Nações Unidas, sendo “a mais nobre das tarefas que é reclamada pela consciência da humanidade em comum”.

Sissoco Embaló defendeu que é preciso trabalhar para assentar os propósitos da FAO divididos em quatro pilares, nomeadamente promover melhor nutrição, produção, ambiente e qualidade de vida. Sublinhou que é fundamental seguir o caminho de transformação agroalimentar e agronegócio para acrescentar valor aos produtos da terra, permitindo melhorar o rendimento dos agricultores e das empresas agrícolas, reforçar a segurança alimentar das famílias e fazer progredir a economia nacional.

Para a ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural Fatumata Djau Baldé, o caminho para o desenvolvimento agrícola sustentável na Guiné-Bissau, requer a mobilização de investimentos consideráveis, transição para uma agricultura moderna, mecanizada e sustentável que é um dos principais objetivos do governo, fazendo de forma inclusiva, beneficiando todos os produtores especialmente os pequenos agricultores que constituem a base da economia local.

“A segurança alimentar e nutricional é uma prioridade nacional e com o apoio contínuo do chefe de Estado e dos parceiros, pode-se transformar a agricultura guineense, garantindo um futuro próspero, sem fome para todos os cidadãos”, insistiu.

Por seu lado, o Embaixador da União Europeia no país, Artis Bertulis, disse que a alimentação não é um privilégio, mas sim um direito fundamental que deve ser garantido a nível global, lembrando que o continente africano, lar de uma rica diversidade cultural e de recursos naturais, enfrenta ainda “desafios graves” na segurança alimentar, afetando milhões de famílias que lutam diariamente contra a fome.

Em representação das mulheres horticultoras da Granja de Pessubé, Ermelinda Mendonça, pediu ao Presidente da República e ao governo a cedência de espaços de terras às mulheres para melhor produção de quantidade de legumes para o mercado nacional e sub-regional, como também estancar a construção nas zonas húmidas, porque “são lugares onde praticamente exercem as suas atividades hortícolas para sustentar famílias e abastecer o mercado nacional”.

Por: Aguinaldo Ampa

Author: O DEMOCRATA

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