O líder da Aliança Patriótica Inclusiva (API – CABAS GARANDI), Nuno Gomes Nabian, disse que tecnicamente o prazo de realização de eleições legislativas está fora dos limites legais para se avançar com o processo e concretizalá-lo na data de 24 de novembro.
Nabian que também é presidente da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), fez estas observações na sua declaração aos jornalistas à saída de uma audiência com o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, que convocou os partidos e coligações eleitorais para transmitir a preocupação do Movimento da Sociedade Civil da Guiné-Bissau sobre a crise política que se regista no país e a necessidade do diálogo antes das eleições.
O Presidente Embaló convocou as forças políticas esta sexta-feira, 25 de novembro de 2024, com o propósito de abordar a situação de eleições legislativas marcadas para o dia 24 de novembro.
Nesta audiência foram ouvidosas os partidos políticos e coligações eleitorais que depositaram as suas candidaturas no Supremo Tribunal de Justiça, designadamente, Plataforma Republicana, Aliança Patriótica Inclusiva – Cabas Garandi, PUSD, OCD-ER e COLIDE-GB. Para a audiência a Coligação Plataforma Aliança Inclusiva – Terra Ranka, não foi convocada, afirmando ontem (quinta-feira) a margem da reunião com os militares, que não convocou PAI TERRA RANKA, por este ter faltado a uma outra convocatória por si feita no início do mês de Outubro.
Na sua comunicação aos jornalistas, Nuno Gomes Nabian, assegurou que normalmente a campanha eleitoral deveria iniciar no dia 01 de novembro, contudo diz que a aliança aguarda a comunicação do governo, que segundo a sua explanação, tem o direito de confirmar se existem condições ou não para a realização do escrutínio na data marcada.
Exortou ao governo para explicar ao povo que não há condições de realizar eleições llegislativas na data agendada, permetindo assim ao Presidente da República ter instrumento ou elemento para convocar partidos políticos para analisar o assunto.
O presidente da API defendeu a necessidade de o processo de eleição ser inclusivo, onde todos os partidos políticos e cidadãos guineenses em geral possam participar.
“Informamos ao Presidente da República que respeitamos a sua opinião, mas se não há condições para tal é preciso ouvir o governo que é quem de direito a informar nos de que não há condições de realizar eleições”, sublinhou.
Por: Assana Sambú