O Porta-voz da Plataforma Republicana, António Afonso Té, afirmou esta sexta-feira, 25 de outubro de 2024, que o problema da Guiné-Bissau não está na realização das eleições, mas sim depois do escrutínio. De acordo com sua explicação, “surgem crises que não permitem concluir os mandatos e outras que acabam por amarrar o país num único lugar”.
O político fez estas afirmações depois de encontro com o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, que convocou hoje os partidos políticos e coligações eleitorais que depositaram candidaturas no Supremo Tribunal de Justiça, designadamente, Plataforma Republicana, Aliança Patriótica Inclusiva – Cabas Garandi, PUSD, OCD-ER e COLIDE-GB.
Na audiência a Coligação Plataforma Aliança Inclusiva – Terra Ranka, não foi convocada. O chefe de Estado justificou, ontem (quinta-feira), à margem da reunião com os militares, que não convocou PAI TERRA RANKA, por este ter faltado à anterior convocatória no início do mês de outubro.
António Afonso Té disse que tomaram em consideração a informação do Presidente Embaló, concernente às preocupações da sociedade civil guineense em relação à situação política.
“O Estado é um assunto para levar a sério, por isso o processo [eleitoral] deve estar bem organizado para permitir melhor a concorrência aos partidos a fim de um bom exercício de poder e levar projetos junto da população. Quando temos uma pessoa como o Chefe de Estado a levantar esta questão e, nós com a consciência que temos, devemos parar e pensar melhor, porque o diálogo nunca é demais e qualquer momento que exista um conflito, diálogo deve prevalecer”, assegurou.
“Aceitamos esse diálogo para poder ultrapassar assuntos que possam criar problemas no futuro, contudo estamos altamente preparados para irmos às eleições legislativas, mas aceitamos a proposta para dialogarmos seriamente para o bem do país, de maneira que qualquer decisão que for tomada vamos aceitá-la”, sublinhou.
Por: Assana Sambú