MULHERES REPRESENTAM CERCA DE 65%  DA FORÇA DE TRABALHO DA ZONA CEDEAO – relatório 

A ministra da Juventude, Cultura e Desportos, Maria da Conceição Évora, revelou esta segunda-feira, 11 de novembro de 2024, que de acordo com o relatório da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental

(CEDEAO), as mulheres representam cerca de 65 por cento da força de trabalho da sub-região oeste africana.

“Apesar dessa representatividade, as mulheres enfrentam desafios significativos para participar plenamente das atividades comerciais da zona CEDEAO”, indicou.

Maria da Conceição Évora falava na cerimónia de abertura da segunda edição da campanha de sensibilização e de  informação para as mulheres comerciantes transfronteiriças de pequena escala no corredor Dakar,

Bissau e Banjul.

O encontro de Bissau é organizado pelo Centro da CEDEAO para o Desenvolvimento de género e a direção do comércio da mesma Organização, em colaboração com a Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) da Guiné-Bissau.

A ministra da Juventude, Cultura e Desportos disse que a campanha de sensibilização tem como objetivo principal divulgar os instrumentos legislativos da integração regional sobre as trocas comerciais, promover e fortalecer o papel das mulheres comerciantes naquele setor vital da economia regional.

A governante informou no  seu discurso que as mulheres comerciantes transfronteiriças de pequena escala desempenham um papel significativo na garantia do fluxo contínuo dos produtos acessíveis entre a Guiné-Bissau e os países vizinhos membros da CEDEAO, representando uma valiosa segurança alimentar, contribuindo na redução de défice alimentar em contextos em que a produção local, nos mercados formais, se revela insuficiente para satisfazer a procura.

Por seu lado, a Coordenadora de Género da CEDEAO, Salimata Thiam, disse que a campanha de sensibilização e de informação representa uma etapa significativa nos esforços coletivos para apoiar e reforçar a independência das mulheres que praticam atividades comerciais, sendo as pilares da economia da região.

Reconheceu  que as mulheres enfrentam enormes dificuldades, começando pela falta de formação, meios financeiros e lugares nos mercados para venderem os seus produtos.

“Apesar de todas estas dificuldades, continuam a dar as suas contribuições para a estabilidade da economia e desenvolvimento da comunidade, razão pela qual a CEDEAO está pronta para ajudar e acompanhar, dando formação às mulheres que vendem nas zonas de fronteiras, através de programas e projetos para facilitarem os seus conhecimentos para a transformação dos produtos, realizando uma prática de venda mais adequada”, assegurou.

Em representação do diretor do Comércio da Comissão da CEDEAO, Ismael Amadou Tidjani advertiu que as mulheres comerciantes representam um papel importante na economia da organização sub-regional com mais 70 por cento do comércio que não está legalizado, comércio informal e participam ativamente em levar produtos para os mercados a fim de vender, dando não só o emprego nos setores como agricultura, transformação de produtos, comércio nas fronteiras, como também enfrentam dificuldades para conseguir meios financeiros por causa de falta de conhecimento sobre as normas para conseguirem financiamentos.

Para o Secretário-geral da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços, Saliu Bá, é preciso capacitar e apoiar as mulheres que atuam no comércio transfronteiriço e nas cadeias de valor da região.

Acrescentou que a campanha de sensibilização deste ano é particularmente significativa, porque” não se trata apenas de questões técnicas do comércio transfronteiriço, mas também promove o empreendedorismo feminino, com conhecimento necessário para desenvolver os seus negócios”.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A

Author: O DEMOCRATA

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