Figura da semana: DINA ADÃO – GUINEENSES DESPEDEM-SE DA “DIVA DA CULTURA”

Diferentes personalidades guineenses juntaram-se para se despedirem daquela que foi uma das primeiras apresentadoras da Televisão Pública da Guiné-Bissau e a primeira mulher africana a apresentar um programa televisivo no Brasil, a ‘Nova África’, da Rede TV Brasil, Osvaldina Vaz Gomes Adão (Dina Adão).

Através de várias atividades culturais, entre músicas e citações de poemas, vários artistas guineenses renderam homenagem à Dina Adão, por ter desempenhado um papel de grande destaque no teatro e no cinema nacional.

Várias personalidades acompanharam a empresária, diplomata, escritora, estilista e atriz a sua última morada com lamentações e poemas. Dina Adão faleceu a 05 de novembro de 2024.

“Dina Adão era versátil e multifacetada. Apresentadora na televisão, escritora, estilista, atriz e empresária. Teve um papel importante no teatro e cinema guineense, dinamizou as atividades femininas de Mandjuandadi. A Guiné-Bissau perdeu um dos seus maiores expoentes da cultura”, escreveu o sociólogo, Miguel de Barros na sua página X (Twitter).

BIOGRAFIA

Osvaldina Vaz Gomes Adão, conhecida por Dina Adão, nasceu em 1969. Nos finais dos anos 80, iniciou a sua carreira diplomática na representação da Embaixada dos Estados Unidos da América em Bissau, como rececionista. Durante a guerra civil em Bissau, foi transferida para Dakar, onde permaneceu até 2001. Voltou, reativou as operações da Embaixada em Bissau. Foi promovida a encarregada de Assuntos Políticos.

Dedicou-se ao cinema e ao teatro como forma de expressar a sua visão do mundo e seu amor pela cultura e identidade guineenses. Os seus papéis nas artes cênicas foram marcantes e inspiraram artistas e espectadores. Foi estilista, criou uma marca pessoal que unia tradição e modernidade. As suas peças de vestuário tornaram-se uma referência de estilo. Apresentou as suas coleções em desfiles nacionais e internacionais.  

Como atriz, participou em vários filmes e peças de teatro, com destaque aos “Mortu Nega”, “Udju Azul de Yonta”, “Nha fala”, “Pó de Sangue” e “Lutadur”. Ela foi compositora e promotora de músicas de Tina. Tem prestado a sua ajuda humanitária aos lares de acolhimento. E tinha uma parte da sua vida apaixonada por atividades desportivas, particularmente no tênis, onde conquistou várias medalhas em torneios nacionais e internacionais.

Por: Epifânia Mendonça

Author: O DEMOCRATA

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