
O Ministro da Saúde Pública, Pedro Tipote, afirmou que a falta de responsabilização das pessoas na gestão dos fundos doados pelos parceiros é um dos fatores que continuam a influenciar a má gestão de fundos doados aos hospitais e centros de saúde nacionais.
O governante falava esta segunda-feira, 25 de novembro de 2024, na cerimónia de abertura de formação de técnicos da Célula de Apoio e Seguimento do ministério da saúde pública sobre as metodologias modernas para prevenir a corrupção, aumentar a disponibilidade de informação e construir parcerias para criar impactos no setor da saúde.
“Esta ação de formação simboliza o fim de um ciclo de trabalho sem responsabilização e sobretudo, o início de liderança de governação reforçada do ministério da saúde pública sobre todos os seus recursos humanos e materiais”, assegurou o ministro durante a sua comunicação, para de seguida, afirmar que “quando se fala da corrupção é porque alguém não é responsabilizado, o que significa que abriu-se o caminho para a prática da corrupção”.
O titular da pasta do ministério da saúde pública questionou o impacto positivo e as evidências de vários financiamentos e subvenções que o sistema de saúde nacional tem beneficiado ao longo dos anos quando o sistema de saúde está com péssimas condições.
Pedro Tipote frisou que o ministério da saúde pública decidiu repensar a sua orientação estratégica para melhorar e melhor coordenar as suas atividades com parceiros, o que passa necessariamente pela gestão eficiente dos recursos provenientes dos fundos dos parceiros que muitas vezes são materializados em forma de projetos.
Por sua vez, o representante adjunto do PNUD, Carlos Denis, assegurou que a presença de técnicos de saúde e parceiros mostra o empenho no que estão envolvidos para darem mais um passo na jornada colectiva no fortalecimento da governação da saúde na Guiné-Bissau e na construção de sistemas transparentes, responsáveis e resilientes.
Segundo Carlos Denis o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) está empenhado em continuar a apoiar o ministério de saúde pública na melhoria da eficiência e eficácia a todos os níveis.
Explicou que o objetivo do seminário de formação visa fomentar a responsabilidade, a transparência e a colaboração, alinhando os esforços da unidade com o plano nacional do desenvolvimento da saúde.
O seminário representará um passo fundamental para permitir que a unidade contribua para a governação sustentável e a interinidade do setor de saúde da Guiné-Bissau.
Carlos Denis afirmou que a formação apoiará as tarefas imediatas das unidades de saúde, estabelecendo simultaneamente uma base para a sua evolução a longo prazo para uma unidade de governação e auditoria interna plenamente funcional com um mandato mais abrangente.
Por: Carolina Djeme