Uma explosão de granada no quartel de São Vicente, setor de Bula, região de Cacheu no norte da Guiné-Bissau, provocou a morte de dois militares, deixando ainda um sem braço e mais de três com ferimentos ligeiros.

A informação foi tornada pública ao jornal O Democrata por uma fonte familiar de uma das vítimas mortais, que informou ainda que o seu irmão terá morrido no hospital militar em Bissau, onde estava a receber o tratamento médico, depois do incidente.

O Democrata apurou que um número considerável dos militares selecionados em diferentes unidades estão numa preparação militar intensiva no quartel de São Vicente, aguardando, de acordo com as informações, a deslocação para prosseguir a formação em Turquia para depois se juntarem a uma unidade especial criada pelo exército guineense para as missões da manutenção de paz. 

“O nosso irmão pertencia a unidade dos Para-Comandos. Disseram-nos que estavam numa preparação combativa esta madrugada e foi nessa preparação que o incidente aconteceu, com a explosão da granada”, contou, acrescentando que a informação que receberam indica que um militar perdeu a vida no local.

Avançou, neste particular, que os feridos, incluindo o seu irmão, foram evacuados para o hospital militar para serem socorridos, “mas o meu irmão não resistiu ao ferimento e morreu”.

Os dois que terão morrido pela explosão da granada, segundo a informação, pertenciam à unidade dos Para-Comandos. 

“Ainda não temos acesso aos restos mortais do nosso irmão, porque nos pediram para aguardar, e estamos a aguardar a liberação do corpo”, concluiu a fonte familiar.

O Democrata contactou o Gabinete de Comunicação do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses para explicar as circunstâncias da morte de dois militares, deixando feridos graves, mas o responsável do gabinete, contactado por telefone, disse que não podia pronunciar-se sobre o assunto naquele momento e que aguardavam as orientações do Gabinete do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas.

Por: Assana Sambú