O Comissário para o desenvolvimento humano da União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA), Mamadu Serifo Jaquité, anunciou que o Canadá vai disponibilizar, no âmbito da cooperação canadiana com a UEMOA, um milhão e quinhentos mil euros para a Guiné-Bissau para apoiar no processo de formação de quadros profissionais da Guiné-Bissau e na melhoria institucional da única universidade pública do país, Amílcar Cabral.
Mamadu Serifo Jaquite fez esse anúncio à saída do encontro na quarta-feira, 11 de dezembro de 2024, com o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, com quem disse ter analisado o programa de cooperação canadiana com a organização monetária sub-regional.
Em declarações aos jornalistas, revelou que o programa já está em execução e vai desenvolver-se até 2030, enfatizando que a presença da cooperação canadiana em Bissau visa discutir moldes de cooperação com as instituições técnico profissionais do país, incluindo a Universidade Amílcar Cabral.
“A presença da cooperação canadiana na Guiné-Bissau é no sentido de discutir os moldes de cooperação com as instituições técnico profissionais, nomeadamente o CENFI e a ENAFOR. Portanto, é tudo numa dinâmica de ver como é que se pode cooperar com as instituições do ensino técnico profissional e as universidades ao nível do Canada”, frisou.
Relativamente à Universidade Amílcar Cabral (UAC), Serifo Jaquité esclareceu já foi feito um trabalho que está muito avançado e que na sequência deste trabalho, a cooperação canadiana vai disponibilizar ao país um milhão e quinhentos mil euros, “para apoiar no processo de formação de quadros profissionais da Guiné-Bissau e na melhoria institucional da única universidade pública do país, Amílcar Cabral”.
“O programa já está em curso e vai desenvolver-se até 2030. A missão está no país há uma semana e já falou com todas as instituições de formação técnico profissional, os parceiros, os atores que intervêm na área profissional, a Câmara do Comércio, os operadores económicos, todos. A nível da universidade, reuniu-se com a reitoria e analisaram todos os programas”, indicou.
Mamadu Serifo Jaquite afirmou que ao nível da UEMOA já foram lançadas as diretivas relativamente à mobilidade dos estudantes guineenses no espaço UEMOA e a harmonização do sistema dos exames do décimo segundo ano de escolaridade de todos os Estados membros da organização.
“Independentemente disso, existe um programa com uma organização que se chama CAMES, responsável pela execução e certificação de diplomas de todos os Estados membros da UEMOA. A CAMES integra 17 países do continente africano e este programa está a ser implementado na UAC”, esclareceu e disse que a missão conjunta está no país para harmonizar as políticas, porque “uma vez que a Guiné-Bissau tem nas suas leis as diretivas da UEMOA, deve acompanhar essa dinâmica e de todos os países membros”.
Por sua vez, Pascele Bedar, gestora de operações da cooperação canadiana, disse que a missão conjunta entre as duas instituições está em Bissau para desenvolver programas com os seus parceiros e a formação desenvolvida por mais de quatro anos nas áreas técnicas e profissionais no país.
Por: Filomeno Sambú