O Sindicato de Base do Coletivo dos Funcionários do Hospital Raoul Follereau exigiu esta quarta-feira, 18 de dezembro de 2024, a aplicação imediata da proposta de subsídios específicos de risco dos funcionários e anunciou a desconvocação da greve de três dias que havia sido agendada para os dias 18,19 e 20 do mês em curso, tendo em conta o pedido do Ministério da Saúde Pública, para permitir-s desenhar um plano a fim de resolver alguns pontos a médio, curto e longo prazo.
As exigências foram tornadas públicas em conferência de imprensa pelo porta-voz do sindicato, Gletch N’Tchau, na qual deu ao governo um prazo de trinta dias para que possa resolver seus problemas.
O sindicato de base do Hospital Raoul Follereau exige, entre outros pontos constantes do caderno reivindicativo, a aprovação e a aplicação imediata da proposta de subsídios específicos de risco dos funcionários do hospital, que foi entregue ao Ministério da Função Pública a 28 de maio do ano em curso, mas que até ao momento não foi atendida.
A proposta prevê a melhoria de condições laborais e sanitárias para permitir que os doentes se sintam mais confortáveis, a disponibilização de técnicos para apoiar na elaboração dos estatutos específicos do hospital, assim como a reposição imediata de “descontos abusivos” de incentivos dos funcionários por parte da direção do hospital.
O pagamento de incentivos dos estagiários, enfermeiros e médicos que estão há mais de seis meses sem receber seus salários e a efetivação dos funcionários com vários anos de serviço, são entre outras exigências dos trabalhadores.
O sindicato de base dos funcionários do hospital exigiu ainda a aquisição de uma viatura para o transporte do pessoal do hospital, assim como passar a gestão de cozinha para a direção do hospital e a implementação do direito às férias de trinta dias úteis.
O porta-voz, Gletch N’Tchau, denunciou na sua declaração aos jornalistas na quarta-feira, 18 de dezembro, que o hospital está com falta de cobertores e toalhas para os doentes internados, assim como a falta de manutenção geral do hospital.
Para Gletch N’Tchau, que também é médico clinico geral, o benefício de dúvida dado ao ministério da tutela é para resolver os problemas apresentados, caso contrário o sindicato será obrigado a apresentar novo pré-aviso de greve, mediante o anterior caderno reivindicativo apresentado ao executivo de iniciativa presidencial liderado por Rui Duarte Barros.
Neste sentido, assegurou que, a partir de amanhã, 19 de dezembro, os serviços do hospital vão funcionar normalmente.
“Desde ontem a comissão negocial dos trabalhadores estava em contato com o patronato, razão pela qual a informação sobre a suspensão da paralisação não chegou a todos os trabalhadores, nomeadamente médicos, enfermeiros e técnicos de Raio X que deveriam trabalhar esta quarta-feira”, esclareceu.
Por: Carolina Djemé
