Um coletivo de técnicos de saúde constituído por 539 elementos contratados em 2024 anunciou a terceira vaga de paralisação dos serviços a nível nacional.
A greve que começa está segunda-feira, 23 de dezembro de 2024, deverá prolongar-se até ao 05 de janeiro de 2025.
Os técnicos contratados exigem, entre outros assuntos, o pagamento de 11 meses de salários.
O anúncio foi tornado público pelo porta-voz do coletivo, Romísio José Bernardo, em conferência de imprensa realizada no escritório de Júlio António Mendonça, na qual anunciou a nova vaga de greves de duas semana.
Disse que a situação em que os técnicos se encontram é crítica, deplorável e alarmante, porque desde que foram contratados nunca receberam salários, lembrando os seus colegas colocados em diferentes regiões dos país que nunca chegaram a beneficiar de alguma coisa e que são suportados por familiares.
Romísio José Bernardo denunciou que alguns dos seus colegas estão a passar por situações de saúde e que não tiveram ajuda do próprio Estado ou de serviços onde estão a trabalhar, como também estão a passar fome e a enfrentar problemas relacionados com o acolhimento e alojamento.
Em relação à greve, Romísio José Bernardo criticou as populações guineenses que não fazem manifestações para exigir que os seus direitos sejam respeitados.
“Várias greves passaram nos hospitais, assim como nos centros de saúde, mas nunca a população saiu à rua para exigir que o governo pague os salários aos profissionais de saúde” criticou.
“É lamentável porque só vemos a nossa população na rua quando há manifestações políticas. Queremos que as pessoas tomem consciência daquilo que realmente é importante”, disse.
Para Romísio, a greve será desconvocada apenas com o pagamento dos seus salários.
Por: Carolina Djemé
Fotos: CD