O governo da Guiné-Bissau inaugurou esta segunda-feira, 27 de dezembro de 2024, o Laboratório da Autópsia Forense da Polícia Judiciária, instalado no hospital nacional Simão Mendes, em Bissau.
Este é o primeiro laboratório de autópsia forense criado no país e que contou com o apoio financeiro e de equipamentos da República Popular da China. A criação deste laboratório se insere no âmbito da reforma estrutural levada a cabo pela direção nacional da Polícia Judiciária, uma iniciativa que considera de fundamental para responder aos desafios complexos da criminalidade contemporânea.
Presidindo à cerimónia da inauguração do laboratório, a ministra da Justiça e dos Direitos Humanos, Maria do Céu Silva Monteiro, disse que o laboratório de autópsia forense na Guiné-Bissau é um elemento de bastante relevo para a investigação criminal e a realização da justiça no país.
A governante sublinhou que a instalação do laboratório da autópsia no país é uma mais-valia para o sistema de investigação e da justiça criminal no país.
A titular da pasta da Justiça realçou a importância da realização de autópsia para investigação criminal, que diz, revela segredos mortais e desvendando mistérios.
“Por meio desta prática é meticulosa e possível analisar minuciosamente o corpo de uma vítima em busca de evidências que possam elucidar as circunstâncias de sua morte, desde marcas de violência até substâncias tóxicas que eventualmente possam estar presentes no organismo”.
A governante explicou que a autópsia desempenha um papel indispensável na busca da verdade material em casos criminais igualmente desempenha um papel fundamental na elucidação dos crimes auxiliando no processo de justiça e na identificação de possíveis responsáveis.
Por sua vez, o diretor nacional da Polícia Judiciária, Domingos Monteiro Correia, enfatizou que com a inauguração do laboratório da Autópsia terá à disposição ferramentas que os permitirão investigar e esclarecer crimes de forma mais precisa e eficiente.
Domingos Correia frisou no seu discurso que a inauguração do laboratório insere-se de forma estratégica na reforma estrutural da polícia judiciária, uma iniciativa fundamental para responder aos desafios complexos da criminalidade contemporânea.
Para o diretor nacional da PJ, a criação do espaço ou laboratório de autópsia permitirá não apenas uma abordagem mais científica e rigorosa nas investigações assim como uma melhoria significativa na qualidade e na precisão dos laudos perícias.
“Com este laboratório estamos a dar um passo decisivo para garantir que a justiça seja não apenas feita mas também visível e acessível a todos”, assegurou.
Por sua vez, o Embaixador da República Popular da China, Yang Renhuo, assegurou que o primeiro laboratório de autópsia forense da Guiné-Bissau é um resultado importante da cooperação entre a China e a Guiné-Bissau no domínio da paz e segurança
“Espero que os equipamentos possam melhorar eficazmente a capacidade de investigação criminal da polícia judiciária guineense e ajudar a manter a estabilidade social do país”, referiu.
O diplomata Chinês diz estar disposto a trabalhar com a Guiné-Bissau orientado pelo importante consenso dos dois Chefes de Estado para continuar a aprofundar a cooperação em matéria de segurança, enriquecer a conotação da parceria estratégica sino-guineense e dar contributos positivos para promover a construção de uma comunidade China-África com um futuro compartilhado sob todas as condições para a nova era.
Presente no ato, o Embaixador de Portugal Miguel Cruz Silvestre, enalteceu que a ação da polícia judiciária da Guiné-Bissau reveste-se de maior importância sendo um dos seus principais compromissos proteger a sociedade e garantir a paz social, atuar sobretudo na prevenção, deteção e investigação criminal.
O diplomata português lembrou que a ação da polícia judiciária da Guiné-Bissau tem granjeado a confiança da população guineense e das suas congéneres internacionais.
Destacou o trabalho conjunto entre a polícia judiciária guineense e a polícia judiciária portuguesa que de forma tangível trabalharam para reforçar as acções, as forças dos dois países, a formação contínua dos agentes da polícia judiciária guineense consolidada na sua ação através de atualização e especialização funcionais e apoio da modernização das operações da presença policial nas regiões do interior da Guiné-Bissau.
Por: Carolina Djeme