Os Sindicatos que congregam a Frente Social (SINDEPROF, FRENAPROFE, SINETSA e SINQUASS) anunciaram a entrega do caderno reivindicativo ao governo de iniciativa presidencial liderado por Rui Duarte de Barros.
Segundo a organização, o caderno seria entregue ainda hoje ao executivo com exigências dos sindicatos para 2025.
O anúncio foi tornado público esta quinta-feira, 16 de janeiro de 2025, pelo porta-voz da Frente Social, Yoio João Correia, em conferência de imprensa realizada em Bissau, na qual considerou a falta de interesse dos governantes em resolver os problemas sociais.
“O objetivo da conferência de imprensa visa anunciar a entrega do caderno reivindicativo aos ministérios da educação e da saúde do governo liderado por Rui Duarte de Barros para exigir o pagamento da dívida e requalificação dos quadros dos setores da educação e da saúde”, disse aos jornalistas.
O sindicalista lembrou que depois da última ronda de paralisação decidiram, sem qualquer negociação, suspender as paralisações e convidaram o executivo a uma negociação aberta para que a população acompanhasse a dinâmica e compreendesse onde está a verdade e quem está com o interesse para o funcionamento normal da educação e da saúde.
Segundo Yoio João Correia, desde que os sindicatos lançaram o convite ao executivo a uma negociação pública até a data presente não houve nenhuma reação e comunicação da parte do governo no sentido de se sentar à mesa para ver se chegam a um entendimento e, consequentemente, evitassem futuras paralisações.
“Iniciamos o ano novo com muita tristeza, porque até ao momento a maioria dos problemas constantes no caderno reivindicativo continua intacta e sem resolução”, lamentou.
Perante esta situação, o sindicalista ameaçou entregar no dia 27 do mês em curso um pré-aviso de greve, caso não haja reação e negociação com o governo.
“Se o governo não reagir ou comunicar os sindicatos até ao dia 03 de fevereiro, para procurarmos consensas em conjunto, que nos levem a um entendimento, iniciaremos ondas de paralisações a nível dos setores da educação e da saúde”, alertou.
Na mesma ocasião Yoio João Correia criticou as condições de trabalho dos profissionais da educação, sobretudo nas escolas de formação de professores, que até a momento não retomam as aulas, por o governo ter tomado uma medida de aumentar as mensalidades em todas as unidades do Ensino Superior de Educação (ESE), bem como a falta de pagamento de salários dos professores contratados.
Yoio João Correia denunciou que o laboratório do Hospital Nacional Simão Mendes está a funcionar a meio gás, por falta de reagentes.
Por: Carolina Djemé