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A Diretora-geral do Instituto de Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), Aissa Regalla de Barros, alertou que o ecossistema do país está fortemente ameaçado pela degradação ambiental, pelo desmatamento, pela poluição e pelas mudanças climáticas.
Aissa Regalla fez esta chamada de atenção esta segunda-feira, 03 de fevereiro de 2025, na cerimónia de comemoração do dia mundial das zonas húmidas celebrado a 02 de fevereiro sob o lema “Proteger as zonas húmidas para o nosso futuro comum”.
Na ocasião, a diretora-geral do IBAP defendeu a necessidade de enfrentar com determinação e agir com urgência para protegermo-nos das grandes ameaças que poem em causa os ecossistemas vitais, a fim de garantir que esses ecossistemas continuem a servir as gerações presentes e futuras e pelo bem-estar das comunidades.
No seu discurso, enfatizou que é preciso continuar a promover as práticas sustentáveis, fortalecer a educação ambiental e garantir que as futuras gerações compreendam a importância de preservar a natureza para a saúde e o bem-estar de todos.
Aissa Regala de Barros frisou que o dia mundial das zonas humanas é um momento que convida a todos para uma reflexão profunda sobre a importância vital dos ecossistemas.
“As zonas húmidas são um recurso natural de valor incomparável, um património que todos devem proteger para garantir um futuro sustentável para as gerações vindouras” disse, afirmando que a proteção das zonas húmidas não é apenas uma responsabilidade do governo mas também de toda a sociedade.
“Cada um de nós tem um papel fundamental seja como cidadão consciente seja como membro de uma comunidade engajada ou como parte de uma rede global de preservação ambiental. Para isso é essencial que incentivemos políticas públicas que promovam a conservação das zonas húmidas e que envolvamos as comunidades locais, pescadores, agricultores e especialistas, jovens, para que se tornem defensores ativos desses ecossistemas” concluiu.
Por sua vez, o Coordenador de Wetlands Internacional, Raul Jumpe, afirmou que até a data presente quase 90% das zonas húmidas a nível mundial foram degradadas ou perdidas.
“Hoje em dia estamos em constante perda de zonas húmidas e que as perdas são muito mais rápidas, tendo em conta o crescimento desenfreado da população humana” disse, defendendo a necessidade e a urgência em aumentar a consciencialização global acerca das zonas húmidas para revertermos a sua rápida perda e incentivar as ações para restaurar e conservar os ecossistemas vitais para as vidas humanas.
Raul Jumpe enfatizou que na Guiné-Bissau as zonas húmidas contribuem de forma afincada na sobrevivência das comunidades costeiras e que são um património valioso de biodiversidade.
Jumpe chamou atenção às autoridades governamentais, às comunidades, às empresas e aos parceiros , no sentido de trabalharem em colaboração, a fim de reverterem a degradação das zonas húmidas e tornar resilientes os ecossistemas.
No seu discurso, realçou a importância de uma reflexão sobre o dia mundial das zonas húmidas a nível nacional porque a degradação das zonas húmidas tem sido acentuada no país.
Por: Carolina Djeme
Foto: CD