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Tiago Seide, secretário geral do Clube de Tigres de São Domingos, apresentou hoje a demissão do cargo ao presidente do clube, Mamadu Leni Dabo, através de uma carta a que à imprensa teve acesso.
No documento que a seção desportiva do Jornal O Democrata consultou, Seide justificou o seu pedido de demissão do cargo devido a falta de reuniões periódicas da direção do clube, a falta de definição de um plano de trabalho da Direção e a falta de sintonia entre os membros da Direção do Clube de Tigres de São Domingos.
“A Direção do clube não tem reunido regularmente para a tomada de decisões eficazes e a coordenação de atividades do clube. Desde a entrada em função da atual direção, há mais de dois anos, o presidente não se dignou solicitar a convocação da Assembleia geral de clube. A ausência de encontros regulares entre os membros da Direção e a falta de convocação dos sócios para discutir os problemas internos da nossa equipa (diz um ditado popular que a roupa suja lava-se em casa) têm refletido na produtividade e na performance da nossa amada equipa”, disse.
Segundo explicação de Seide, não existe no Clube de Triges de São Domingos um plano claro e objetivo, elaborado pela direção executiva e aprovado pelos sócios numa assembleia-geral, o que tem dificultado o direcionamento das ações da direção, comprometendo os objetivos que atendam aos interesses do clube e da comunidade.
“A desarmonia existente entre os membros da Direção, sócios, jogadores e a equipa técnica tem gerado divergências que impactam diretamente no bom andamento do clube e nas relações dentro da nossa equipe. Prova disso, há perda de confiança dos sócios na nossa direção, devido à falta de resultados concretos e a instabilidade dentro da gestão têm gerado insatisfação e descrédito entre os sócios, tornando difícil manter o apoio necessário para o crescimento e desenvolvimento do clube, senhor presidente”, explicou.
“Lamento profundamente que, após os esforços realizados para a convocação de uma assembleia geral (que está em falta há mais de duas épocas consecutivas) para debater os assuntos internos do clube e, por conseguinte, recuperar a confiança dos sócios para fortalecer as atividades do clube,
Não tem sido possível encontrar uma solução para essas questões que impactam diretamente o bom funcionamento do nosso trabalho coletivo”, conclui Seide.
De salientar que a demissão de Seide acontece três meses depois de um grupo de associados dos Tigres de São Domingos exigiu a mudança na Direção do clube de futebol que milita no Campeonato Nacional da primeira divisão (Liga Orange Bissau).
Os associados em protesto alegaram que o clube angariou maus resultados porque a atual direção dos Tigres de São Domingos liderada por Mamadu Leni Dabó não teve nenhum projeto viável para o clube, porque “desde que assumiu a liderança não realizou nenhuma Assembleia Geral para mostrar aos associados os objetivos preconizados durante a época desportiva.
O grupo considerou que a atual direção dos Tigres de São Domingos é “inativa” e não tem funcionado de forma cabal, por isso, se Leni Dabó continuar à frente, o clube corre forte risco de cair para a segunda divisão.
A atual direção dos Tigres de São Domingos liderada por Mamadu Leni Dabó foi eleita em novembro de 2022, com 34 votos dos associados, num universo de 40 sócios. Na altura, Mamadu Seidi era o presidente da Comissão Eleitoral do processo onde Leni Dabó foi eleito.
Por: Alison Cabral