Incêndio no mercado de Bafatá: BOMBEIROS APONTAM UM CURTO-CIRCUITO ELÉTRICO COMO CAUSA 

O Comandante de Serviços da Proteção Civil e dos Bombeiros da Região de Bafatá, Nilton Gomes Gouveia, revelou que um circuito elétrico é a principal causa do incêndio no mercado principal de Bafatá, que consumiu, no total, três cacifos e causou enormes prejuízos estimados em milhares de francos CFA.

O Comandante dos Bombeiros fez essas revelações em uma entrevista telefônica ao jornal O Democrata, na qual falou sobre a origem do fogo e os prejuízos causados pelo incêndio no mercado.

A Feira di Krintin, como é conhecida pelos habitantes de Bafatá, está situada na berma da estrada que liga as cidades de Bafatá e Gabú. Atualmente, é o principal mercado daquela que é considerada a segunda capital administrativa da Guiné-Bissau, contando com 245 cacifos devidamente registrados dentro do mercado e mais de 30 cacifos que funcionam fora da vedação, onde estão localizados os cinco cacifos que se queimaram na manhã desta quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025.

O Comandante dos Serviços de Proteção Civil e dos Bombeiros de Bafatá fez questão de esclarecer que, no total, foram três cacifos que queimaram e não cinco, como se veicula, porque a sua equipa conseguiu controlar o fogo para que não se alastrasse para os outros cacifos.

Gouveia afirmou que os bombeiros chegaram ao local um pouco cedo e realizaram um trabalho árduo para controlar o fogo, especialmente para evitar que ele alcançasse o cacifo que continha colchões de espuma, baldes de tinta e outros produtos que, no seu entender, poderiam causar mais estragos.

Questionado sobre a origem do incêndio que afetou o mercado principal de Bafatá, o Comandante do Serviço de Proteção Civil dos Bombeiros de Bafatá revelou que o fogo foi provocado por um curto-circuito na rede elétrica.

“Não havia corrente elétrica durante a noite, mas ela voltou pela manhã, e foi nesse momento que ocorreu o curto-circuito que causou este incêndio. Observa-se que as instalações elétricas no mercado são inadequadas, porque cada comerciante realiza a instalação sem que haja fiscalização sobre isso”, afirmou, criticando a maneira como as instalações elétricas são feitas no mercado. Aproveitou a oportunidade para solicitar ao governo regional que inspecione as instalações elétricas do local.

“É urgente inspecionar essas instalações e fazer as correções necessárias para evitar o pior”, alertou o responsável.

ASSOCIAÇÃO DE RETALHISTAS FALA EM CINCO CACIFOS CONSUMIDOS PELO FOGO

O secretário-geral da União de Comerciantes e Retalhistas de Bafatá explicou, em entrevista telefônica ao jornal O Democrata, que o incêndio teve início em um cacifo localizado fora da vedação do mercado e, em seguida, alastrou-se para os outros. Frisou que foram registrados cinco cacifos consumidos pelo fogo.

“Temos cinco cacifos que queimaram e, em termos de prejuízos, contabilizamos seis no total, pois havia um cacifo muito próximo e, com o aumento das chamas, seu proprietário, com a ajuda de outras pessoas, retirou todas as suas mercadorias. A maioria desses materiais foi danificada e outros desapareceram. Por isso, em termos de prejuízos, contamos seis cacifos”, relatou.

Dauda Bá informou que continuarão a realizar levantamentos sobre os danos ou prejuízos naquela área do mercado, uma vez que foram registrados estragos em alguns cacifos.

“As autoridades competentes iniciaram os inquéritos para determinar a origem do fogo, que até agora é desconhecida. O que se sabe é que, no cacifo onde o incêndio começou, o proprietário utilizava a energia elétrica de uma empresa privada, mas também havia instalado um painel solar, através do qual recebia a corrente elétrica. Supõe-se que a origem do fogo possa estar relacionada ao circuito elétrico”, afirmou o secretário-geral da União de Comerciantes e Retalhistas da Região de Bafatá, Dauda Bá, acrescentando que estão aguardar os resultados do inquérito iniciado pelos agentes de Bombeiros.

Questionado sobre feridos causados pelo incêndio no mercado, assegurou que não houve registro de nenhum ferido, apenas prejuízos em relação às mercadorias.

Explicou ainda que já foram contatados pelas autoridades regionais, assim como pelo governo central, que solicitou um levantamento sobre os prejuízos.

Bá apelou à compreensão das populações locais, uma vez que foram registradas algumas perdas e danos em telefones de cacifos que faziam serviços de carregamento de corrente elétrica a telefones.

Por: Assana Sambú

Author: O DEMOCRATA

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