
O Ministro da Comunicação Social, Florentino Frenado Dias, defendeu que o envolvimento comunitário requer uma aposta forte na comunicação com o emprego de meios que permitam atingir todos os seguimentos da sociedade.
O governante falava esta segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025, na cerimónia de abertura dos trabalhos do ateliê de Reforço de Capacidades, destinado aos Agentes de Saúde Comunitária em colaboração com o ministério da Comunicação Social em matéria de Comunicação Interpessoal e Equidade de Género em saúde.
Florentino Dis enfatizou que a comunicação joga um papel preponderante na promoção de actos saudáveis como na campanha de educação com a saúde, projetos de saneamento básico e ações de promoção de atos saudáveis de vacinação.
Florentino Fernando Dias afirmou que a abordagem da saúde comunitária contribui na redução de desigualdade em saúde, em especial atenção aos grupos vulneráveis contribuindo assim para a existência de uma saúde mais justa, assim como para as sociedades mais saudáveis.
Na sua comunicação, Florentino Fernando Dias defendeu que a prevenção e promoção de saúde, além de ser uma das medidas economicamente menos dispendiosas, reduzindo a necessidade de intervenções mais complexas, emprego, porque também é um dos meios de futuro e é também daquelas que não deixam quaisquer sequelas.
Para Fernando Dias, as ações de saúde comunitária assentam-se na prevenção com a adoção de abordagns que visam promover o bem-estar e prevenir doenças, tendo presente determinantes sociais, económicos, culturais e ambientais.
O titular da pasta do ministério da Comunicação Social explicou que o ateliê se inscreve no âmbito de estratégias de elevar a eficácia da comunicação para a saúde, assim como reforçar a capacidade dos agentes de saúde nas suas atividades diárias.
Por sua vez, o representante da UNICEF na Guiné-Bissau, Inoussa Kabore, destacou a importância do ateliê para o fortalecimento do sistema de saúde e para a promoção de uma abordagem mais inclusiva e equitativa no atendimento às populações.
De acordo com o representante da UNICEF, uma interação eficaz entre os profissionais de saúde e os utentes permite não apenas melhorar a adesão aos tratamentos, assim como contribuir para a construção da confiança entre a comunidade e os serviços de saúde.
“Para além disso, o diálogo empático e respeitoso fortalece a capacidade de famílias e de comunidades de tomar decisões informadas sobre a sua própria saúde e bem-estar”, disse.
Inoussa Kabore defendeu que é fundamental que os Agentes de Saúde Comunitária(ASC) tenham um bom domínio da comunicação interpessoal, pois são muitas vezes o primeiro ponto de contacto da população com o sistema de saúde. Para de seguida assegurar que a equidade de género é um princípio fundamental para garantir que todas as pessoas, independentemente do género, tenham o acesso igualitário aos serviços de saúde.
“Infelizmente, as barreiras socioculturais e estruturais ainda limitam o acesso das mulheres, meninas e outros grupos vulneráveis aos cuidados de saúde essenciais.
“Por exemplo, no caso dos Agentes de Saúde Comunitária, apenas dezasseis por cento (16%) são mulheres”, notou.
Inoussa Kabore defendeu a necessidade do redobrar os esforços para equilibrar a percentagem das mulheres e meninas no acesso aos cuidados de saúde, garantindo maior representatividade feminina no setor de saúde.
Segundo o representante da UNICEF, a equidade de género deve ser promovida não apenas entre os Agentes de Saúde Comunitária, bem como em todo o sistema de saúde para assegurar que as políticas e práticas de saúde sejam mais inclusivas e justas para todos.
Inoussa Kabore reiterou que a UNICEF continuará empenhada em apoiar o governo da Guiné-Bissau e os seus parceiros para a construção de um sistema de saúde mais inclusivo, responsivo e centrado nas pessoas. Disse acreditar que, com o investimento em capacitação e mobilização social e participação comunitária, pode-se impulsionar mudanças significativos na vida das crianças, mulheres e de toda a população guineense.
Por: Carolina Djeme
Fotos: CD