COLIGAÇÃO PAI TERRA RANKA DIZ QUE NÃO VAI REUNIR COM A MISSÃO DE ALTO NÍVEL DA CEDEAO 

A coligação eleitoral PAI Terra Ranka diz que não vai se reunir com a missão de alto nível da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que está em Bissau para resolver o impasse político e procurar a “data consensual” para a realização das eleições legislativas e presidenciais na Guiné-Bissau. 

Através de uma carta, assinada pelo Coordenador Interino, António Samba Baldé, enviada esta segunda-feira, 24 de fevereiro, ao representante residente da CEDEAO na Guiné-Bissau, a coligação vencedora das últimas eleições legislativas de 4 de junho de 2023 justifica a sua oposição com o facto de a missão da organização da África Ocidental não ter incluído dois partidos com assento parlamentar, nomeadamente o Movimento para Alternância Democrática (MADEM –G15) liderado por Braima Camará e o Partido da Renovação Social (PRS) liderado por Fernando Dias da Costa. 

Outra razão invocada pela Coligação PAI-TERRA RANKA liderada pelo Presidente da Assembleia Nacional Popular, Domingos Simões Pereira, tem a ver com a “usurpação” de funções do Presidente da ANP por parte da Segunda Vice-Presidente do Parlamento, Satu Camará Pinto.

Os partidos políticos e coligações eleitorais não se entendem quanto ao fim do mandato presidencial. Os opositores políticos do atual Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, apontam o dia 27 de fevereiro, data em que o antigo primeiro vice-Presidente da ANP, Nuno Gomes Nabiam, conferiu “simbolicamente” posse ao chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, enquanto Sissoco Embaló e os partidos políticos que o apoiam falam em 4 de setembro, dia em que o Supremo Tribunal de Justiça, na veste do Tribunal Constitucional, decidiu definitivamente sobre o contencioso eleitoral interposto na altura pelo então candidato presidencial suportado pela Coligação PAI-TERRA RANKA, Domingos Simões Pereira. 

É no meio dessa “controvérsia político- jurídica sobre o fim do mandato do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e a não realização das legislativas antecipadas, há mais de um ano, depois da dissolução “prematura” do Parlamento, seis meses depois da sua constituição, que a organização sub-regional enviou no domingo, 23 de fevereiro, uma missão de alto nível que permanecerá no país até sexta-feira, dia em que deverá pronunciar-se sobre os contactos realizados com os atores políticos e a sociedade civil guineenses.

Por: Tiago Seide

Author: O DEMOCRATA

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