
As organizações juvenis da Plataforma Aliança Inclusiva PAI Terra Ranka e da Aliança Patriótica Inclusiva Cabas Garandi exigiram a saída imediata da Guiné-Bissau da Comunidade Económica dos Estado da África Ocidental (CEDEAO).
A exigência foi tornada pública esta sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025, pelo presidente da juventude do PAIGC, Ussumane Camará, em conferência de imprensa realizada pelas duas organizações juvenis partidárias.
O também secretário da Juventude Africana Amílcar Cabral (JAAC) disse que a organização sub-regional tem criado mais problemas na Guiné-Bissau do que resolvê-los.
“É verdade, qualquer nação é livre de aderir à organização regional que quer. A CEDEAO não é apenas a única organização onde a Guiné-Bissau está inserida, faz parte de muitas organizações regionais e sub-regionais. Fazemos parte da CPLP e membro de pleno direito das Nações Unidas e da União Africana, mas quem foi atribuído, em termos subsidiários, a responsabilidade de acompanhar e cuidar dos problemas da Guiné-Bissau tem sido a CEDEAO, por ser membro desta organização com a qual partilha o mesmo espaço geográfico”,
“A CEDEAO tem criado mais problemas à Guiné-Bissau do que trazer soluções aos problemas que o país enfrenta. Será que a CEDEAO não tem informações de que a crise não é de hoje ou não tem conhecimento do protoloco de boa governação e que as leis da República devem ser respeitadas”?
O líder juvenil disse que a organização podia ter ajudado, sem grandes alarmes, a resolver a crise na Guiné-Bissau, se tivesse a coragem de dizer ao Presidente da República que a solução à crise era o cumprimento da Constituição da República, não ficar passiva a receber subsídios de alguém para cumprir a agenda de uma pessoa.
“Se a CEDEAO continuar a criar problemas ao país, não terei outra escolha e serei, enquanto ator político, dirigente de uma formação poíitica e decisor do Estado da Guiné-Bissau, a primeira pessoa a advogar a favor da saída da Guiné-Bissau desta organização sub-regional”, afirmou.
Ussumane Camará disse acreditar que no final das auscultações ou reuniões que a CEDEAO está a ter com osatores políticos, Coligações eleitorais e a sociedade civil, nada de concreto será produzido em relação à crise guineense, apenas recomendações e nenhuma decisão será tomada no sentido de encontrar consensos.
“Ao contrário daquilo que recomenda o protocolo de boa governação, a CEDEAO tem o pepel importante de impor a legalidade constitucional dos países membros. Fê-lo na Gâmbia com Yahya Jammeh em 24:00, por que não em relação à Guiné-Bissau?”, questionou.
As organizações juvenis da Plataforma Aliança Inclusiva PAI Terra Ranka e da Aliança Patriótica Inclusiva Cabas Garandi defenderam a criação de um quadro político viável para a realização das eleições gerais no país.
Por: Filomeno Sambú