
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, garantiu que nunca mais a missão da CEDEAO voltará à Guiné-Bissau, tendo confirmado que foi ele quem ordenou a expulsão da missão de “alto nível” da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que se encontrava em Bissau para se reunir com os atores políticos e sociais para a busca de consenso para a marcação da data de eleições legislativas antecipadas e presidenciais.
“Fui eu que expulsei aquela missão da CEDEAO. Quando a CEDEAO, as Nações Unidas ou a União Africana vêm normalmente apresentam um roteiro e quem valida esse roteiro é o Presidente da República. Este país tem regras, não é república das bananas”, disse aos jornalistas Sissoco Embaló, no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, de regresso ao país, depois de um périplo no exterior, tendo garantido que não vai acontecer com ele o que passou com o seu antecessor, José Mário Vaz.
Umaro Sissoco Embaló informou que a missão não tem poderes de decisão sobre a atual situação política no país, tendo anunciado que o atual governo vai organizar as eleições legislativas e presidenciais no dia 30 de novembro deste ano e recusa uma eventual proposta para a formação de um executivo de unidade nacional.
“Vi agora um comunicado que me enviaram. As pessoas pisaram a linha vermelha ao me chamarem de Ex-Presidente da República. Está bem, vou comportar como o seu Ex-presidente da República”, avisou, quando fazia alusão ao comunicado da Aliança Patriótica Inclusiva (API – Cabas Garandi) e Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka) que o chamam “Ex- Presidente” e criticaram-no por ter ordenado a expulsão da missão da CEDEAO de Bisaau.
Por fim, Embaló lembra que a API – Cabas Garandi não deveria entrar na dinâmica de o confrontar porque são seus “aliados” e conhecem-se bem.
Por: Tiago Seide