O ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, Viriato Soares Cassamá, defendeu que o futuro da biodiversidade da Guiné-Bissau depende da capacidade de trabalho em conjunto para o fortalecimento do diálogo entre os diversos parceiros, tanto nacionais como internacionais para enfrentar desafios comuns de conservação da biodiversidade.
O governante falava esta quarta-feira, 05 de março de 2025, na cerimónia de abertura da reunião com os parceiros técnicos e financeiros do IBAP – Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas, para a apresentação dos resultados e prestações de contas do ano 2024.
Viriato Cassamá defendeu a necessidade de uma continuidade em investir na capacitação dos investigadores e na valorização dos saberes tradicionais, garantindo que o conhecimento gerado possa influenciar políticas, estratégias e conservação a nível global.
Sublinhou que o encontro com os parceiros é um momento fundamental para avaliação dos progressos alcançados em 2024, refletir sobre os desafios que enfrentaram, assim como alinharem juntos as perspetivas estratégicas para o futuro.
O titular da pasta do ministério do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática frisou que a Guiné-Bissau tem sido um exemplo na proteção da biodiversidade, um feito que disse ter sido possível graças ao compromisso contínuo do governo, dos parceiros de cooperação, assim como do empenho das comunidades locais que têm desempenhado um papel fundamental na preservação dos ecossistemas.
Segundo Viriato Soares Cassamá, os desafios enfrentados especialmente no que toca ao financiamento e a operacionalização dos seus programas de conservação exigem respostas inovadoras e colaborativas.
“A sustentabilidade financeira das áreas protegidas é um tema central que nos convoca a uma ação, porque sem mecanismos de financiamento robustos previsíveis, o esforço de conservação torna-se frágil e insustentável “, notou.
O ministro do Ambiente reiterou o compromisso do governo em reforçar parcerias, mobilizar recursos e explorar novas fontes de financiamento, incluindo mecanismos inovadores como pagamento de serviços ambientais.
Enfatizou, neste particular, que no tocante ao reconhecimento internacional e produção científica, a Guiné-Bissau tem conquistado um lugar de destaque na esfera internacional pelo seu contributo para a ciência e a conservação da biodiversidade.
Por sua vez, a Diretora-geral de Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), Aissa Regalla de Barros, realçou que o encontro com os parceiros é crucial para o IBAP, assim como para o Sistema Nacional das Áreas Protegidas, porque” vai permitir que apresentem aos parceiros os resultados do ano 2024, definir estratégias mais eficazes e coerentes que favorecem a conservação da biodiversidade e a gestão sustentável do Sistema Nacional de Áreas Protegidas da Guiné-Bissau”.
“A reunião de hoje representa uma oportunidade importante para partilharmos os resultados, conhecimentos, assim como demostrar esforços e colaboração”, reforçou, para de seguida explicar que durante o encontro terão a oportunidade de apresentar as principais realizações e os desafios enfrentados ao longo do ano 2024, na gestão final do IBAP e do Sistema Nacional das Áreas Protegidas.
Informou que atualmente o sistema cobre 26,3% do território nacional, que segundo ela é um número muito significativo que reflete os seus compromissos em proteger e conservar os recursos naturais do país, no sentido da sua melhor valorização para as gerações presentes e futuras.
A Diretora-geral do IBAP avançou que a perspetiva do IBAP para o 2025 cinge-se em conciliar a conservação e o desenvolvimento sustentável para o fortalecimento das parcerias e garantir um futuro equilibrado de um Sistema Nacional das Áreas Protegidas da Guiné-Bissau.
Aissa Regalla de Barros destacou a importância de envolvimento, a contribuição e sinergias de todos os atores do ABAP para o cumprimento satisfatório do programa e dos compromissos assumidos no Plano Nacional, Regional e Internacional.
Por: Carolina Djeme
Fotos: CD
