
A Associação Académica dos Estudantes da Unidade 17 de fevereiro defendeu a necessidade de nulidade do ano letivo 2024/2025 nas sete unidades de formação de professores da Escola Superior de Educação (ESE), por terem ficado vários meses sentados em casa, devido às reivindicações dos professores que reclamavam o pagamento de vários meses de salários atrasados.
A posição foi tornada publica pelo presidente da Associação Académica dos Estudantes da Escola de Formação dos Professores 17 de Fevereiro, Ampa Sanhá, em conferência de imprensa.
“O objetivo do nosso encontro com a imprensa é reclamar o início das aulas nas unidades de formação de professores e o balanço geral sobre a luta dos estudantes”, disse, para de seguida considerar “negativas” as atividades desenvolvidas no ano letivo transato, tendo em conta vários aspetos como tortura dos estudantes pelas forças policiais, enquanto reivindicavam o início das aulas.
Na sua comunicação, Ampa Sanhá denunciou que o formato que o governo quer usar para retomar as aulas nas escolas de formação de professores poderá não resultar bem, tendo em conta o aproximar da época das chuvas e e a falta de resolução de alguns pontos de reivindicação apresentados pelo Sindicato Nacional de Professores da Escola Superior da Educação (SIESE), assim como a acumulação de dívidas que poderá resultar das paralisações.
Para Ampa Sanhá, no seu ponto de vista o ano letivo 2024/2025 deve ser nulo para preparar melhor para o próximo ano letivo, tendo em conta que há pouca preparação dos estudantes e a percentagem dos conteúdos ministrados não será nada suficiente.
“Não faz sentido termos pressa e saírem mais problemas. O que está em causa é como os estudantes vão sair dos cursos e como enfrentar amanhã uma sociedade tão exigente enquanto professores formados?” questionou.
O Estudante alertou, por isso, que há um risco para sociedade quando saírem menos preparados como futuros professores.
Ampa Sanhá apelou, neste particular, ao executivo de iniciativa presidencial liderado por Rui Duarte de Barros a sentar-se à messa com os sindicatos para debaterem a situação das escolas de educação formação e, consequentemente, chegarem a um entendimento para a resolução do problema de educação.
Em relação a passagem automática dos estudantes, Ampa Sanhá assegurou que a direção da unidade 17 de Fevereiro foi cautelosa e porque também foi alertada pelos estudantes das consequências de acatar orientações de atribuir notas neste molde numa instituição ou um centro de formação superior onde se prepara um indivíduo para preparar outras pessoas.
Por: Carolina Djeme
Fotos: CD