Dia mundial da água: MINISTRO DOS RECURSOS NATURAIS DEFENDE A REDUÇÃO DE EMISSÕES DE CARBONO E A ADOÇÃO DE ESTRATÉGIAS LOCAIS

O ministro dos Recursos Naturais, Malam Sambú, defendeu que é essencial reduzir as emissões de carbono globalmente e adotar estratégias locais para se adaptar ao recuo de geleiras, que a Guiné-Bissau não tem.

Defendeu que o governo, todos os cidadãos e as entidades nacionais, quer públicas, quer privadas, devem trabalhar juntos para fazer da preservação dos Glaciares uma parte central dos planos nacionais para enfrentar as mudanças climáticas e a crise global da água.

“A Guiné-Bissau não tem geleiras, mas tem lixos que degradam ecossistemas marinhos e aumentam a sua temperatura, facilitam a erosão e, em consequência, vão diminuindo a profundidade das Bacias Hídricas”, sublinhou Malam Sambú na sua mensagem alusiva ao Dia Mundial da água que se assinala hoje, 22 de março, sob o lema: preservação dos Glaciares.

“Este ano, o tema escolhido, por pertinência, reflete a problemática atual da água no mundo de preservação dos Glaciares. São conhecidas como as geleiras, são grandes massas de gelo que se movem lentamente ao se formarem ao longo de muitos anos a partir do acúmulo, compactação e recristalização da neve”, pode ler-se na mensagem.

Na sua mensagem, Malam Sambú destacou que geleiras são componentes cruciais do ambiente da terra, servindo como enormes reservatórios da água doce, que armazenam cerca de 70%   da água doce do mundo e que é libertada através do derretimento, alimentando os rios e lagoas que abastecem milhões de pessoas, a agricultura e os ecossistemas.

Segundo Malam Sambú, essa libertação gradual de água é fundamental em regiões onde a precipitação sazonal é baixa, pois garante o suplemento constante ao longo do ano.

“Além disso, as geleiras contribuem para a regulação das temperaturas globais, para refletirem a luz solar devido ao seu alto albedo [a fração da radiação solar que é refletida de volta para atmosfera]. Isso ajuda a resfriar a superfície da terra e a manter a estabilidade climática”, refere a mensagem, para de seguida indicar que o derretimento dos glaciares ou degelo não só pode reduzir a quantidade da água doce dispensável, como também pode desencadear uma série   de problemas, nomeadamente aumento do nível e alteração   da temperatura das águas dos oceanos, redução da biodiversidade e inundações de alguns lugares, entre outros.

“Todos nós somos convidados a repensar as nossas atitudes em relação ao seu uso e consumo de água em nossas casas, nas escolas, nas comunidades, enfim, nas nossas vidas, assumindo o compromisso de mudanças das ações relativas a este precioso líquido, uma vez que estamos a perder as nossas geleiras naturais por causa das mudanças climáticas. Cada um deve pensar no que pode fazer para viabilizar e dar solução ao problema que afeta cada cidadão, famílias e comunidades”, assinalou.

Malam Sambú informou que o lema: preservação dos Glaciares visa essencialmente apelar aos países a redobrarem os seus esforços de forma substancial a evitar o derretimento dos Glaciares, principalmente neste momento crucial em termos da topografia a Guiné-Bissau, é o segundo país mais baixo do mundo.

Lembrou que as atenções e preocupações de todas as Nações do Planeta e particularmente dos Estados mais vulneráveis é focalizarem-se nos Objetivos atuais de Desenvolvimento Sustentável [(ODS 6 – garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento para todos), de forma a conduzir mudanças significativas na vida das populações e na economia do país, em particular “a não deixar ninguém para trás”.

Por: Filomeno Sambú

Author: O DEMOCRATA

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