O conflito de posse de terra entre os populares das tabancas de Arame, Élia e Djobel pode ter um fim para evitar mais perdas de vidas. 

Este sábado, 22 de março de 2025, em São Domingos, os comités das três tabancas, autoridades administrativas da região e do setor assinaram um Memorando de entendimento, no qual as partes comprometeram-se em respeitar os respetivos arranjos de fronteiras traçadas pelos seus antepassados, assim como a criação de uma comissão de seguimento de fronteiras entre as três tabancas que inciuirá elementos de Arame, Elia, Djobel, representante da administração e um elemento dos comités de base.

O documento consultado pelo O Democrática foi assinado pelos representantes de cada uma das três tabancas, nomeadamente Muimo Sanhá, Alexandre Sanhá, Ernesto Djata e José Djata, Autoridades Administrativas do setor de São Domingos, da região de Cacheu, do governo Central, do Comandante da Guarda Nacional, da Polícia de Ordem Publica e do Poder tradicional.

Segundo o documento, ficou decidida a criação de um posto de polícia da ordem publica naquela zona para evitar possíveis confrontações entre as partes. 

Refira-se que há várias décadas que os populares das tabancas de Arame, Élia e Djobel se envolvem em conflitos de natureza fundiária, resultando em perdas de vidas humanas e desaparecimento de pessoas naquela zona, na Secção de Suzana. 

Por: Tiago Seide