MAMA SAMBA EMBALÓ PEDE CRIAÇÃO DA LEI DE ORIENTAÇÃO AGRÍCOLA

O presidente da Rede Nacional de Coordenação das Câmaras de Agricultura e Cooperativas Agro-Pastoris da Guiné-Bissau (RECAO), Mama Samba Embaló, defendeu a necessidade da criação de uma lei de orientação agrícola, de forma a facilitar o processo agrícola bem como ajudar os camponeses.

Falando a’ O Democrata em jeito de balanço de um ano de trabalho da sua organização, Mama Samba Embaló assegurou que é preciso fazer um trabalho sério para desenvolver o nosso país.

“O Presidente da República afirmou que 2016 será o ano de produção de arroz na Guiné-Bissau. Sendo assim, a nossa organização está preparada para apoiar esta iniciativa, contando assim com apoio dos nossos parceiros de desenvolvimento no país” notou.

Este responsável explicou que a organização que dirige vai receber uma missão empresarial da Comunidade dos Países da língua Português (CPLP) de 27 de Janeiro a 5 de Fevereiro do ano em curso para fazer uma prospeção do mercado e estabelecer parcerias com as autoridades nacionais, agricultores e homens de negócios.

Samba Embaló informou ainda que a Guiné-Bissau é único país da União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA), no quadro do projecto de micro crédito e finanças, que tem pouca acessibilidade em relação aos outros países membros desta organização, e que por isso é preciso ultrapassar os diferendos e a falta de confiança que existe entre empresários e bancos nacionais para que os homens de negócios possam fazer os seus trabalhos da melhor maneira.

“Na qualidade de uma organização ligada ao sector privado e rural, vamos trabalhar com os bancos nacionais no sentido de fazer produção séria, transformação e comercialização dos produtos, reduzindo assim a importação de produtos. Ao mesmo tempo vamos promover a produção local, contribuindo assim para a redução de pobreza no país” espelhou.

Mama Samba Embaló assegurou que o fundo FUNPI foi gerido mal pelos sucessivos governos. “Pedimos várias vezes uma auditoria a fim de se saber quem são as pessoas que utilizaram este fundo criado em 2011 para que possam ser responsabilizadas e devolvam esse dinheiro”, mas até então nada foi feito.

O Presidente da RECAO criticou o governo liderado por Carlos Correia que preferiu trabalhar com organizações internacionais no levantamento dos danos causados pela inundação de água salgada nas bolanhas e outras propriedades, deixando assim de fora sector privado e a sociedade civil que poderia dar a sua valiosa contribuição na resolução deste problema.

“Os próximos passos que RECAO vai dar neste novo ano é de fazer ligação entre os camponeses e os bancos nacionais, a fim de permitir os homens de campo produzir e ter auto-suficiência” notou.

Mama Samba Embaló advertiu que hoje o mundo está globalizado e competitivo, por isso, a sua organização vai apostar seriamente na formação dos agricultores para que possam ter ferramentas para produzir os seus produtos e assim competir com os nossos vizinhos da sub-região.

 

Por: Assana Sambú

 

 

 

 

 

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