GRUPO DE QUINZE DEPUTADOS EXIGE DIÁLOGO PARA VIABILIZAR GOVERNAÇÃO DO PAÍS

O grupo dos quinze (15) deputados do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) exigiu hoje, 13 de janeiro 2016, o diálogo para a busca de “consensos globais” por forma a viabilizar a governação do partido e do país. A advertência foi lida pelo porta-voz deste grupo, deputado Soares Sambú, durante uma conferência de imprensa realizada esta tarde em Bissau.

O grupo de deputados dos libertadores que votaram abstenção à moção da confiança ao programa do governo de Carlos Correia no passado dia 23 de dezembro, denunciou aquilo que considera de “intenção da direção do PAIGC de pretender expulsar do partido os elementos do grupo, bem como do parlamento para que sejam substituídos pelos seus suplementes”.

15 deputados de PAIGC

Soares Sambú, refere ser imperativo o grupo defender a sua dignidade e honra perante um conjunto de acusações, calunias e injúrias de que foram alvos.

“É inadmissível que as pessoas andam na cópula do partido a fazer insinuações e mais que isso a fazer acusações que não correspondem minimamente a verdade. Quero afirmar que os 15 deputados da bancada parlamentar do PAIGC são indivíduos com idoneidade e com provas dadas na defesa dos interesses superior do partido”, insiste.

O porta-voz do grupo disse que “não é admissível que um primeiro-ministro do segundo governo constitucional apresentar-se ao parlamento e sem que de antemão o executivo esteja presente perante o comité central do partido. Portanto, no mínimo é caricato isso”.

Solicitado a confirmar se o grupo dos 15 deputados votará contra o programa do governo de Carlos Correia, Sambú limitou a informar que há uma tentativa do diálogo que está em curso para se entenderem. Acrescentou que o grupo não fechou ainda as possibilidades de busca de consensos com a direção do partido.

Soares Sambú desafiou o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, para revelar o conteúdo da conversa que tiveram no encontro mantido no hotel Azalai. Todavia, prometeu revelar o teor da conversa no próximo sábado, na cidade de Bafatá, se Domingos Simões Pereira, não o fizer até a sexta-feira ou horas antes do encontro com os populares locais.

O porta-voz deste grupo de deputados acusa o atual  primeiro-ministro Carlos Correia de ameaçar os elementos do grupo que votou abstenção ao programa do governo.

De referir que o programa do governo de Carlos Correia será reapreciado no próximo dia 18 de janeiro na Assembleia Nacional Popular, conforme as normais constitucionais guineenses. A primeira apreciação resultou no chumbo, com 45 deputados a votarem a favor do programa, 56 deputados optaram pela abstenção dois quais 15 deputados do PAIGC, pertencentes à ala dissidente do partido.

 

Por: Assana Sambú

 

 

2 thoughts on “GRUPO DE QUINZE DEPUTADOS EXIGE DIÁLOGO PARA VIABILIZAR GOVERNAÇÃO DO PAÍS

  1. UMA PERGUNTA A ESTES MEUS CONTERRÂNEOS, DESTE “GRUPO DOS 15”:

    (1) EM RELAÇÃO AO PAÍS: qual é o problema imediato, mais essencial, mais importante e mais central para a Guiné-Bissau neste momento (neste segundo mesmo), do ponto de vista geral e de governação do país, desde a demissão do 1º Governo desta presente IX legislatura, em 12 de Agosto de 2015?

    (2) EM RELAÇÃO AO PAIGC: qual é o problema imediato, mais essencial, mais importante e mais central para o PAIGC nesta situação e quadro, em como Partido vencedor das eleições que conduziram à instituição desta mesma IX legislatura, com uma maioria absoluta de 57 mandatos na nossa ANP? Portanto, com a responsabilidade da governação do país.

    A mesma questão pode ser colocada a todos os deputados da nação, a S. Exa. Sr. Presidente da República, ao Povo.

    (3) A RESPOSTA É: A EXISTÊNCIA DE UM GOVERNO COMPLETO, NÃO INACABADO, MAS SIM COMPLETO, ACABADO, COM TODOS OS TITULARES PREVISTOS NA SUA ESTRUTURA, DOTADO DE UM PROGRAMA E ORÇAMENTO GERAL DE ESTADO, LEGAL! Ponto final.

    O resto é cantiga. É tafal-tafal, coisas nossas (como diria o nosso colega falecido Jorge Ampa, paz ku sossego pa si alma). O resto é tentar enganar o mundo. Por alguém que sabe tudo ou que devia saber tudo, mas que por interesses mesquinhos faz outra coisa.

    Tipo de gente, ao qual o camarada Cabral se referindo uma vez, num encontro com os alunos da Escola-Piloto no início dos anos setenta em Conakry, disse a propósito de uma conversa tida com um jornalista: “n’kobal mal fêdi”! E os alunos todos, meninos e jovens adolescentes, fizeram olhos grandes; pensando, ‘eh camarada Cabral, koba mal fedi?’, “n’falal, bu ka ta burgunho”, concluiu! É isto e a única qualificação que me veio na memória lendo o presente artigo. Não tenho outra palavra para os deste “grupo dos 15”. É falta de vergonha grande agir como estão agir com todos estes tam-tams de conferências. Triste.

    Espero contudo que o bom senso venha prevalecer.
    Obrigado.
    A. Keita

  2. Por tudo quanto tenho lido e sei, parece-me que, na origem, dos problemas polöiticos da Guine-Bissau, esta uma unica pessoa: DOMINGOS SIMOES PEREIRA, QUE; PARA BEM DE TODOS OS GUINEENSES, JA SE DEVERIA TER DEMITIDO:

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