As escolas públicas do país estão paralizadas há dois meses em consequência das reivendicações dos professores – servidores de Estado, através de greves decretadas pelo sindicato que representa esta classe.

Os estudantes, vítimas diretas dessa onda de paralizações no setor do ensino, têm acompanhado encontros de negociações, ainda sem solução, entre o sindicato e o patronado, de um lado, e a intervenção/mediação da associação dos pais e encarregados da educação, por outro lado.

O coletivo de associações de estudantes das escolas públicas manteve encontros separados com as partes nos quais não houve nenhum sinal de cedência das partes;

Considerando o período significante da paralização das aulas nas escolas públicas e a falta de consensos para suspender a greve;

Considerando que o ano letivo poderá ser compremitido tendo em conta os dias letivos perdidos e com anúncio de novo pré-aviso de greve para mais trinta dias,

os alunos das escolas públicas, através do coletivo de associações estudantis, vendo os seus direitos à educação a serem violados, são na obrigação de exprimir publicamente o desconforto face à esta situação de greve sem fim a vista.

Os alunos entendem que, tendo em conta o “bloqueio” entre o governo e a classe professoral, podem solicitar a interseção da Sua Excelência presidente da República para usar sua influência da magistratura de forma a salvaguardar o ano letivo, perspetivar o futuro da nova geração e garantir a paz social.

O Coletivo de Estudantes das Escolas Públicas vem pela presente informar todos os seus associados tanto das escolas públicas como privadas (em solidariedade) para tomarem parte numa marcha pacífica e ordeira a realizar-se na próxima segunda-feira dia 18 de abril pelas 7h de manhã.

• Objetivo da marcha: Expressar de forma pacífica e ordeira a preocupação dos estudantes das escolas públicas do país face a paralização prolongada (2 meses) das aulas e sem um fim a vista, e pedir a intervenção/interseção do chefe de Estado junto das partes para encontrar uma solução com vista a salvaguardar o presente ano letivo.
• Trajetória da marcha e ponto central: concentração no jardim frente a ANP e marcha até a Praça dos Heróis Nacionais (império) – frente ao Palácio da repú
• Dia e hora: segunda-feira dia 18 de abril 2016 – concentração às 7 horas , início da marcha 8h. Fim da marcha o mais tardar 11h, depois da receção pela presidência da repú
• Resultados esperados: Expressa publicamente a insatisfação dos estudantes das escolas públicas face a falta de consensos para a suspensão da greve. Ser recebido pelo Chefe de Estado guineense – primeiro magistrado da nação.

Esclarece-se ainda que a realização da referida marcha não tem nada a ver com o posicionamento partidário em relação a situação da crise política vigente do país.

“As crianças de hoje são as flores da nossa luta e a razão da nossa existência”

 

Bissau, 15 de abril de 2016

A Coordenadora do Colectivo

Tanelsia Gomes Teixeira