O Governador da Região de Tombali, Bubacar Seidi (Lemos) revelou numa declaração exclusiva ao semanário “O Democrata” que “há uma exploração irracional de minas de pedras em Tombali”. O responável regional assegurou ainda que, neste momento, mais de quatro empresas se encontram no sector de Quebo, sobretudo, nas zonas das minas de pedras, onde de acordo com o governador, diariamente saem cerca de três dezenas de camiões carregados de 17 toneladas de pedras cada para vender no exterior do país.
Lembrou na sua declaração que a exploração de minas se iniciou naquela região sul do país, desde o pretérito ano de 1991 com a empresa ASTALDI. Sustentou ainda que em 2005 é que a empresa ARESKI iniciou a seu acesso aquela zona para a exploração da pedreira.
Lemos afirmou que descobriram que diariamente saem dezenas de camiões da povoação de Sintchã Aliu, onde existem essas pedreiras. O governador de Tombali assegurou, por um lado, que as populações que vivem naquela zona da exploração já manifestaram junto das autoridades sectoriais e regionais o seu inconformismo pela situação, dado que as suas casas estão com brechas por todos os lados, devido os estrondos causados pelos rebentamentos das pedras da parte da empresa.
“Muitas empresas estão a operar nesta zona a procura de pedras e sem o conhecimento das autoridades. Chegam e vão directamente para às zonas das minas da pedra, e só tomamos o conhecimento das suas presenças no terreno, através das populações que procuram as autoridades para apresentarem as suas queixas contra a exploração das pedras, por causa dos estrondos das pedras que causam sérios danos nas suas casas”, espelhou.
O Governador avançou ainda, de acordo com as informações que dispõem, as pedras que são retiradas no país, são juntados em Gâmbia, para depois vender aos interessados que as levam para vender noutros países da sub-região.
“Há uma empresa exploradora de pedras que se instalou na povoação de Cuntabani de nome AFROSTONE, no sentido de explorar o jazigo de minas que são explorados para materiais de construção. Depois de serem exigidos pela administração do sector para efeito da legalização antes de iniciarem os trabalhos, nem sequer deram ouvidos à administração sectorial e decidimos a nível da região para impedir o seu funcionamento, mas infelizmente estão a trabalhar todos os dias e nem sequer deram ouvidos às exigências da região”, explicou.
Informou, por outro lado, ainda que uma outra empresa chegou na região para exploração da pedra na mesma localidade, mas sem comunicar as autoridades regionais. Lemos assegurou que as pessoas apenas falam na exploração irracional da floresta, mas também revelou que no momento está a se registar uma exploração irracional das minas de pedras na região de Tombali.
“As pedras que estão a ser retiradas aqui não é para construir a nossa terra, mas sim é para ir vender noutros países da sub-região. Apenas um grupinho de pessoas que estão a beneficiar com isso, para prejudicar milhares de pessoas. A exploração das pedras que estão a ser efectuados no terreno está causar danos às populações. Repara, se passar naquela zona vai ver as fendas nas paredes das casas das pessoas que moram alguns quilómentros do local da exploração”, vincou.
Bubacar Seidi disse que as empresas alegam que recebem a licença da exploração de pedras da parte da Direcção-Geral de Minas. Sublinhou, no entanto, que as licenças atribuídas às empresas as permite fazer uma exploração para vender as pedras no exterior do país.
Por: Assana Sambú
Um total abandono por parte de quem do dereito. Guine Bissau um estado sem governo, com povo abandonado a sua sorte.
Os POLITICOS E MILITARES estam a acabar com os recursos do paìs.Em que paìs do mundo se observa uma empresa extrajeira a explorar qualquer recurso natural sem contrato com o governo central e que nao respeita e nem faz ouvido as aautoridades locais.
Na verdade somos um povo mais pacifico do mundos ( ou serà que somos idiotas que nao conhecemos os nossos direitos) ou simplesmente somos uns estupidos e indiferentes com a nossa propria causa ?
Convido um levantamento popular em protesta dessa situaçao, e chamar aos responsaveis pelos seus nomes