Sem autorização: EMPRESA SENEGALESA EXPLORA AREIA NO TERRITÓRIO NACIONAL PARA CONSTRUÇÃO DE ESTRADA EM ZIGUINCHOR

Uma empresa senegalesa, especializada na construção de estradas denominada “West African Construction Campany”, explora neste momento uma parte de areia no território nacional para a construção de uma estrada no território senegalês, sem nenhuma autorização prévia das autoridades centrais ou regionais guineenses.

O jornal O Democrata constatou os trabalhos de exploração de “Aterro Laterítico” nas localidades nas aldeias de Nema e Lala, situadas a sete quilómetros da cidade de São Domingos (região de Cacheu), norte do país.
Fontes locais contaram ao O Democrata que a empresa apenas terá solicitado e obtido a autorização dos populares das duas aldeias para a exploração da areia em troca da reabilitação do troço de sete quilómetros que liga a vila de Nema a Campada.

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No início desta semana, a direcção geral dos recursos naturais da Guiné-Bissau fez a apresentação pública de dois camiões e uma maquina de escavação da areia da referida empresa apreendidos no local sem nenhuma licença formal da parte das autoridades nacionais.
No local, o repórter de O Democrata constatou a escavação pela empresa que opera no Senegal de um vasto espaço para a exploração do minério. A obra causará visivelmente danos ambientais às bolanhas das populações que habitam as localidades visadas.

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No final de uma visita conduzida pela direcção-geral dos recursos naturais ao local da exploração de “Aterro Laterítico”, o director do Serviço de Minas e Pedreiras, Nhamo Ussumane Sambú garantiu que o responsável da empresa “West African Construction Campany” vai se deslocar a Bissau para “concluir o processo”.

“Tivemos encontro com a administração de São Domingos e com o proprietário da empresa em causa para saber quem autorizou a operação. Como é sabido, a actividade da exploração está a decorrer no território sob jurisdição do sector de São Domingos, mas acabamos por saber que “West African Construction Campany” não recebeu autorização por parte das autoridades sectoriais e nem tão pouco do Ministério dos Recursos Naturais. Fomos informados que apenas tiveram acordo do chefe de Tabanca de Lala”, esclareceu.

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“É preciso sensibilizar a população para que possa ajudar na proteção do território nacional”, afirmou Sambu, reiterando a disposição das autoridades nacionais em aplicar sanção contra a referida empresa como forma de evitar que a mesma prática se repita no futuro.

“Esse acto é uma violação do território guineense, porque a empresa trabalhou sem o conhecimento das autoridades guineenses”, insistiu o director do Serviço de Minas e Pedreiras.

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O chefe da tabanca de Lala, Bicandje Quadé explicou que a empresa começou a explorar a areia na zona, a pedido da sua comunidade. De acordo com Quadé, a empresa aceitou a proposta de reabilitar a estrada em troca da exploração do mineiro “Aterro Laterítico” pela empresa de direito senegalês.

“A estrada que temos agora foi construída pela empresa nacional “Soco-Estrada” que na altura não fez buracos na bolanha para permitir a passagem da água e em consequência disso se tem registado inundações nas nossas casas durante a época da chuva. Pedimos as autoridades guineenses e a empresa executora “Soco-Estrada” para melhorar a qualidade da estrada não responderam a nossa solicitação, portanto decidimos fazer este acordo com a empresa senegalesa”, explicou.
Por: Aguinaldo Ampa

2 thoughts on “Sem autorização: EMPRESA SENEGALESA EXPLORA AREIA NO TERRITÓRIO NACIONAL PARA CONSTRUÇÃO DE ESTRADA EM ZIGUINCHOR

  1. Começou a execução do plano de capitão Jomav com o seu minino de olho Baciro Djá senegales primeiro ministro Guineense.

    Tarde que seja a história nos explicará a origem desse cara e o vinculo que ele tem com Jomav e senegal que não pode abrir mão dele.

  2. Que brincadeira é essa, isso dá pra acreditar que nenhuma pessoa da nossa autoridades não sabe de nada? Se esta empresa o fiz sem nenhuma previa autorização do nosso estado, a empresa tem que ser punida de acordo com as normas jurídicas. Pergunto, o responsável da empresa vai pra Bissau fazer o que?

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